Motoristas devem registrar Boletins de Ocorrências após ameaças
Além disso, Prefeitura de Suzano afirmou que fará fiscalizações no transporte alternativo da cidade
12 JUL 2017 • POR Marília Campos - De Suzano • 09h46
Delegado Edson Gianuzzi falou sobre as reinvidicações existentes - Bruna Nascimento/Divulgação
O delegado titular de Suzano, Edson Gianuzzi, orientou - em reunião - a empresa Radial Transportes quanto ao incentivo dos funcionários para o registro de Boletins de Ocorrências (B.O), diante de casos de ameaças e agressões no transporte público suzanense. O secretário de Segurança Cidadã, Fátimo Aparecido Rodrigues, também compareceu ao encontro. Ele afirmou que administração deverá intensificar as fiscalizações ao transporte complementar.
Gianuzzi se reuniu com os outros dois delegados da cidade, Eduardo Peretti e Walter Jardim, além do secretário e o gerente operacional da Radial, Wellington Rost Vidal Lobo. O objetivo do encontro foi de debater sobre as intimidações sofridas pelos motoristas da empresa.
O delegado titular explicou que existem reivindicações referentes a eventuais hostilidades praticadas no transporte. "Até o momento, há apenas três B.O.s por conta de eventuais abordagens. Nesse sentido, se as pessoas não vieram realizar a ocorrência, fica meio difícil tomar partido. Um crime de ameaça precisa de representação".
A orientação deixada à empresa é que o boletim seja registrado. "Qualquer coisa que houver, que seja registrada a ocorrência, para que sejam tomadas providências", disse. "Sem contar a questão de polícia judiciária, existe a questão administrativa. Tanto a empresa de ônibus como a pessoa que trabalha com van, tem uma concessão que permite o transporte público. Tanto da parte da empresa de ônibus, como da outra parte, com certeza existe uma reivindicação administrativa que possa ser feita independente da questão policial", pontuou Gianuzzi.
Conforme haja outras variantes do caso, ou seja, mais queixas à polícia sobre ameaças, agressões ou danos, o delegado destacou que o enquadramento penal para cada circunstância será adotado. Contudo, Gianuzzi espera que 'uma boa conversa' resolva a situação. "É sempre melhor uma má demanda do que uma briga infundada. Acredito que, com certeza, as partes se entendendo, espero que tenha uma reunião logo até com ambas as partes para que, de repente, seja traçado um denominador comum e todos saiam satisfeitos".
O secretário de Segurança Cidadã destacou a fiscalização ao transporte complementar. "A gente vai fiscalizar aquilo que é da parte administrativa e a Polícia Civil vai entrar com ação na parte judiciária". De acordo com Fátimo, a ação será para averiguar também a legalidade dos transportadores. "A fiscalização (será) para verificar se realmente essas vans, esse pessoal, está legalizado para trabalhar. E, se estão (legalizados), vamos tentar levantar quem são esses agressores para que a gente possa abrir uma sindicância neste sentido".
O caso ainda deverá ser levado ao prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR). "Eu vou levar ao conhecimento do prefeito o que aconteceu aqui e aí ele vai delimitar se marca reunião (entre Radial e transporte complementar) ou não", disse.
O representante da Radial avaliou o encontro como produtivo e ressaltou as intimidações sofridas pelos funcionários. "(São) ameaças de morte, tem agressões também, e eles (funcionários) ficam com receio para fazer B.O. Muitos pedem desligamento e alegam as agressões. Isso é uma briga do transporte complementar da cidade, realizado pelas vans. Eles brigam por passageiros, as regiões mais críticas são de Palmeiras, Jardim Varan e Jardim São José".