Guerrilha

Suspeitos da morte de filha de ex-presidente do Paraguai são presos em Itaquá

Agentes federais realizaram ação durante a manhã desta sexta-feira (24)

24 NOV 2017 • POR Marcus Pontes - de Itaquá • 14h00
Guerrilheiros estavam foragidos e escondidos em Itaquá - Divulgação

Atualizado às 17h39

Dois suspeitos de pertencer a guerrilha paraguaia Exército do Povo Paraguaio (EPP) foram presos nesta sexta-feira (24) pela Polícia Federal (PF). Eles foram detidos numa casa, localizada na Rua Dom Pedro Segundo, na região central de Itaquaquecetuba. De acordo com as primeiras informações, a dupla é suspeita de participar do sequestro e morte da filha do ex-presidente paraguaio Raul Cubas em 2005. A dupla era procurada, inclusive, pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

A ação da PF iniciou ainda durante a madrugada. Pelo menos, 15 policiais federais, inclusive à paisana, participaram da operação. A reportagem flagrou o desfecho final da ocorrência. De acordo com as informações iniciais, a investigação descobriu que os guerrilheiros Óscar Luis Benítez e Lorenzo Gonzáles estavam no local. 

Benítez é acusado de participar do sequestro seguido de morte de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente paraguaio Raul Cubas em 2005. Já contra González, cai as acusações de sequestro de um fazendeiro local, bem como a responsabilidade no recrutamento de pessoas para o EPP.

governo paraguaio divulgou nota sobre a prisão, e agradeceu às Polícias Federal e Civil. O texto frisa a importância da prisão dos guerrilheiros, principalmente de Benítez. Isto porque ele é considerado tesoureiro do EPP, além de ser um dos principais estrategistas da guerrilha. Em relação à González, a nota diz que ele era considerado um dos atiradores mais preparados do grupo terrorista.

Por fim, a nota também diz que "este procedimento foi o sucesso de um trabalho meticuloso de inteligência e troca de informações classificadas entre o Ministro do Interior e as autoridades policiais mais altas do país vizinho. O processo está agora em processo de comunicação ao Ministério Público, ao Judiciário e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros com o objetivo de iniciar o pedido de extradição desses fugitivos, identificados como membros principais do grupo terrorista do PPE".

Em nota, a PF disse que os nomes dos suspeitos estavam na lista vermelha da Interpol. Além disso, os guerrilheiros usavam nomes falsos no Brasil, principalmente para trabalhar com a confecção de roupas.

O texto destaca que foram expedidos mandados de prisão preventiva, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Os estrangeiros foram encaminhados à custódia da PF em São Paulo, onde vão permanecer à disposição da Justiça, enquanto aguardam processo de extradição. 

EPP

O governo paraguaio considera o Exército do Povo Paraguaio (EPP) um grupo terrorista. A guerrilha atua no norte do País em uma região de fronteira com o Mato do Grosso do Sul, no Brasil. A mílicia é acusada de assassinatos de policiais e militares, inclusive ataques e sequestros a políticos e a familiares.