Editorial

Centro supera bairros

29 NOV 2017 • POR • 05h00
O DS mostrou na edição de ontem reportagem informando que a área central de Suzano registrou um maior número de homicídios neste ano, entre janeiro e outubro, e superou as regiões do Boa Vista e Palmeiras. Os números colocam “por terra” de que nas regiões mais periféricas ocorrem mais crimes.
O trabalho da polícia, sobretudo da militar, geralmente se direciona com base nas estatísticas de onde, quando e como ocorrem os crimes na cidade.
A reportagem, assinada pela jornalista Gabriele Doro, mostrou, por exemplo, que o Centro de Suzano contabilizou 15 assassinatos. Já o 2º Distrito Policial (DP), no Boa Vista, registrou 12 casos e o 1º DP, em Palmeiras, computou quatro mortes violentas.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). 
Ao todo, a cidade de Suzano contabilizou nos 10 primeiros meses deste ano, 28 assassinato, mesmo número contabilizado entre janeiro e dezembro do ano passado. Segundo a SSP, em outubro, a cidade não registrou mortes violentas. 
Dos 28 casos, 13 homicídios dolosos foram no Centro, com 14 vítimas. Além disso, a área contabilizou dois homicídios culposos e dois latrocínios (roubo seguido de morte). O número é 13,13% menor do que o computado no ano passado, quanto a região registrou 13 casos.
Já a região do Boa Vista - área do 2º DP - teve 12 casos computados, com 12 vítimas. Além disso, a área registrou um latrocínio. No local, houve um aumento de 16,67% dos casos, já que em 2016, 14 registros haviam sido feitos pela polícia.
No Distrito de Palmeiras, houve o menor número de casos, com quatro assassinatos, sendo três homicídios dolosos e um culposo. Não houve registros de latrocínios. O número é igual ao computado no ano passado.
Geralmente, em termos gerais dos municípios, as regiões mais inseguras, que concentram registros de crimes violentos, têm proporcionalmente mais policiais militares para combater esses crimes do que as áreas menos violentas da capital. 
Mas, poder sim haver desequilíbrio na distribuição do efetivo. Segundo especialistas, sobrecarrega parte dos PMs e torna o enfrentamento da criminalidade ineficiente.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública reconhece, em nota, que a quantidade de crimes de cada área é um “critério importante” para a distribuição do efetivo. Mas informa que este não é o único, importando também a população de cada área e outras particularidades.
Nesse momento é importante, sem dúvida, garantir uma estratégia que venha permitir uma sensação de segurança para todo cidadão.
É importante também que a segurança seja definida com base a garantir a redução da criminalidade nas cidades.