Região

Indústria do Alto Tietê fecha 2017 com saldo de 1.100 empregos

Mesmo com números negativos em dezembro, pesquisa do CIESP aponta o melhor desempenho do setor industrial regional dos últimos anos

17 JAN 2018 • POR da Região • 15h05
Com exceção de janeiro, fevereiro e de dezembro, a indústria regional efetuou contratações em todos os demais meses e isso contribuiu para que o Alto Tietê tivesse o terceiro melhor desempenho entre as 35 regiões industriais do Estado - Arquivo/DS

A indústria do Alto Tietê encerrou o ano de 2017 com variação positiva de 1,93% no nível de emprego industrial, o que representa a geração de aproximadamente 1.100 empregos, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). Desde 2011, quando a variação foi de 1,23%, a Região não registrava saldo favorável no indicador anual de emprego.

Com exceção de janeiro, fevereiro e de dezembro, a indústria regional efetuou contratações em todos os demais meses e isso contribuiu para que o Alto Tietê tivesse o terceiro melhor desempenho entre as 35 regiões industriais do Estado, atrás apenas de Limeira (7,51%) e Araraquara (3,09%).

Aliás, o resultado do Alto Tietê superou a média anual da Grande São Paulo (-2,32%) e do Estado (-1,62%), onde foram fechadas 35 mil vagas – ainda assim, o melhor resultado desde 2011.

“Estamos longe do melhor dos momentos da indústria, mas semdúvidas os dados do último ano merecem ser comemorados, principalmente se levarmos em conta que no período de 2012 a 2016 acumulamos saldo negativo. Em cinco anos foram cerca de 15.500 demissões e 2017 marcou a interrupção desse ciclo. A diversidade do parque industrial ajudou muito na recuperação do setor no Alto Tietê, permitindo um desempenho melhor do que outras regiões do Estado”, ressalta José Francisco Caseiro, diretor do CIESP Alto Tietê, que representa os municípios de Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano.

Para 2018, a expectativa é de que a recuperação do setor se mantenha, mas o dirigente pondera que ainda há muitas incertezas e isso exige cautela dos empresários. “O cenário político está muito complicado e esse é um ano de eleições, além disso, temos Copa do Mundo. São situações que interferem no dia a dia do País. Precisamos que as reformas da Previdência e Tributária avancem, caso contrário, ficará muito difícil manter a retomada” avalia Caseiro.

Embora o saldo do ano tenha sido positivo, no último mês de 2017 a indústria do Alto Tietê apresentou variação negativa no nível de emprego. Foram fechados aproximadamente 50 postos de trabalho (-0,11%), depois de nove meses seguidos de contratações – o segundo melhor desempenho do Estado. “Acreditamos que esse tenha sido um resultado pontual, mas será preciso aguardar o desempenho nos primeiros meses de 2018 para avaliar como a indústria da Região se comportará”, conclui.

Em dezembro/2017, o nível de emprego industrial no Alto Tietê foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Veículos Automotores e Autopeças (-1,72%); Máquinas e Equipamentos (-1,12%); Celulose,Papel e Produtos de Papel (-0,53%)e Produtos de Borracha e de Material Plástico(-1,07%).

Quando comparados os meses de dezembro, o resultado de 2017 foi o melhor desde 2012.