Editorial

Infestação de pernilongos

18 FEV 2018 • POR • 05h00
A infestação de pernilongos e insetos passou a ser uma maior preocupação para moradores de Suzano. Isso por conta dos novos casos suspeitos de febre amarela surgidos nas cidades do Alto Tietê.
Na reportagem que o DS publicou na semana passada, moradores de bairros de Suzano se mostram preocupados com a quantidade de mosquitos e pernilongos, principalmente próximo de áreas de matas. 
Atualmente os nomes são variados: Pernilongo, muriçoca, carapanã, borrachudo. Mudam os nomes, mudam as espécies, só não muda o desejo de se livrar destes pequenos (e incômodos) insetos. 
Presentes em regiões tropicais e subtropicais de todo o planeta, os pernilongos --do gênero Culex-- diferem-se em ciclo de vida, habitat e anatomia do Aedes aegypti e também dos "borrachudos" (Simulium pertinax). 
O que faz uma espécie de inseto ser atraída ou repelida por determinado composto químico depende das antenas de cada inseto. Segundo especialistas, é na antena dos insetos que se localizam os receptores que vão ditar se aquela espécie de inseto é atraída ou repelida quando entra em contato com algum composto químico.
A reportagem do DS mostrou que a falta de limpeza, o acúmulo de entulhos, os esgotos a céu aberto, água parada e mato alto nas ruas agravam a situação. 
Para quem reside ao lado das matas há outros problemas além dos insetos: cobras, sapos e aranhas. 
A Prefeitura de Suzano afirma que o Setor de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde está atuando nas áreas de matas para coibir a proliferação de animais e insetos nocivos à população. 
O departamento conta no total com 14 agentes qualificados para atuação junto aos moradores e na desratização e dedetização. Nos casos de detecção de animais peçonhentos, os mesmos são capturados e encaminhados ao Instituto Butantan, em São Paulo. 
Além disso, a pasta orienta os moradores a não descartarem lixo e entulhos nas ruas, pois isto serve de ambiente para a reprodução dos animais. 
Quem mora perto de rios e córregos já está acostumado a sofrer com a infestação de pernilongos durante o verão. Em São Paulo, o mosquito não transmite nenhuma doença, mas a picada e o zumbido de suas asas já tiraram o sono de muitas pessoas.
Portanto é importante que os terrenos sejam limpos e que as providências sejam tomadas para evitar a proliferação de insetos e pernilongos, principalmente neste período de surgimento de casos de febre amarela.