Suzano

Bares e restaurantes investem em aparelhos para obedecer Lei do Silêncio

Regulamento é de extrema importância para manter o bem estar da população, afirmam os donos de restaurantes

25 FEV 2018 • POR Lucas Lima - de Suzano • 09h10
Bares e restaurantes investem em isolamento acústico, portas de vidros e no controle do som para respeitar a Lei do Silêncio. De acordo com os proprietários, o regulamento é de extrema importância - Sabrina Silva/Divulgação
Os bares e restaurantes do quadrilátero central de Suzano investem em isolamento de acústico, portas de vidros e no controle do volume dos aparelhos de som para respeitar a Lei do Silêncio. De acordo com os proprietários, o regulamento é de extrema importância para manter o bem estar da população. Porém, eles ressaltam que nem todos os estabelecimentos cumprem a medida.
 
O gerente Armando Fujii, de um restaurante que vende frutos do mar, aposta no karaokê para animar o público. Ele comentou que o volume é baixo e que não incomoda quem mora por perto. "Cada ficha para cantar é R$ 2. Clientes aproveitam a noite inteira e saem satisfeitos com a diversão e a comida. Mesmo estando em uma área comercial, tomamos cuidado para não atrapalhar moradias próximas".
 
No restaurante do empresário Francisco de Chagas acontecem shows ao vivo aos finais de semana. Normalmente as duplas ou cantores solo se apresentam com um violão ou uma guitarra plugada a um amplificador de som. Segundo ele, o som também é mantido baixo, de uma forma que os clientes possam apreciar e a vizinhança não se incomode. "Quando começamos com os shows, cheguei a consultar os moradores próximos e eles disseram que não tinha nenhum problema. Mesmo assim, os respeitando, mantivemos um som agradável para que os clientes possam também se sentir à-vontade”.
 
Já no boteco do sócio proprietário Dorival Martins, um dos mais frequentados na Rua 9 de Julho, foi investido cerca de R$ 50 mil pensando na Lei do Silêncio e no atendimento aos clientes. Instalado há 11 anos na cidade, no decorrer dos anos o local recebeu isolamento acústico, portas automáticas de vidro e até mesmo climatização. "No passado, tinha um receio de moradores próximos reclamarem. Assim resolvemos colocar tudo isso, para não termos mais esse problema e também com a própria lei. Hoje em dia, os shows de pop rock e rock são melhores e tem um clima muito agradável. As sextas-feiras e sábados são os dias que mais enche a casa", enfatizou. 
 
Os proprietários ainda ressaltaram que há bares que não respeitam a Lei do Silêncio. Um dos exemplos citados por eles é na própria Rua 9 de Julho, na altura do número 500, onde o som é colocado bem alto e até mesmo lixo é deixado na rua.