Mau estado de conservação dos abrigos de ônibus prejudica passageiros
Administração informou que as paradas danificadas já estão na lista para receber reparos e uma nova cobertura
4 MAR 2018 • POR Marília Campos - de Suzano • 11h04
Abrigos estão danificados em estradas de Suzano. Prefeitura promete solução - Sabrina Silva/Divulgação
A recente revitalização verificada nos pontos de ônibus da região central de Suzano, ainda não chegou à zona rural da cidade. Nesta localidade, os passageiros sofrem com a depredação da estrutura de concreto, com pontas de ferro à vista e reboque desgastado pela ação do tempo. Além disso, os atos de vandalismo completam o cenário de quem espera o transporte público, ao dividir espaço entre as pichações. De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, 44 abrigos foram revitalizados no município. As paradas na Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31) e Estrada dos Fernandes já estão na lista para receber reparos e uma nova cobertura deve ser instalada na Vila Ipelândia. Segundo a pasta, os trabalhos são realizados com prioridade nas vias com maior concentração de pessoas.
Na altura do quilômetro 60 da Rodovia Índio Tibiriçá, próximo ao centro de Palmeiras, o ponto de ônibus construído não é adequado à altura da calçada, deixando os assentos quase que no chão. A situação é desconfortável para os passageiros. "É muito baixo. Uma pessoa com problemas de coluna não consegue levantar sem ajuda. Quando chove é ainda pior porque molha tudo", reclamou a faxineira Maria Zélia Carneiro, moradora da Vila Cunha.
O passageiro Moacir Vaz da Silva, residente da Vila Fátima, apontou que a última reforma nos pontos de ônibus da área aconteceu há duas gestões municipais. "Está ficando perigoso o concreto cair. Já aconteceu de desmoronar os pedaços", contou.
Ainda na região da Vila Ipelândia, um ponto de ônibus logo na chegada da Estrada Keida Harada também causa reclamações da população local. Além da situação caótica nos dias de chuva, a estrutura oferece riscos aos passageiros. "A gente passa muita dificuldade, basta olhar o concreto rachado e as pontas de ferros à mostra. Pode machucar alguém. Ninguém passa por isso no centro, mas na área rural é recorrente", lamentou a dona de casa Zenaide Oliveira de Carvalho.
Sobre a situação, administração municipal pontuou a construção de uma cobertura de parada de ônibus e vans, de alvenaria, na própria estrada citada. A expectativa é de que fique pronto nas próximas semanas.
Sem proteção
Ao longo de toda Rodovia Índio Tibiriçá, é possível observar paradas de ônibus sinalizadas apenas com uma placa, sem nenhum tipo de abrigo. Um desses pontos está localizado no quilômetro 66, onde diariamente a população se submete à falta de proteção enquanto espera o transporte público. O espaço é movimento, uma vez que costuma ser a parada dos trabalhadores da indústria local. "Nunca teve nenhuma cobertura no ponto, a gente fica debaixo de chuva e sol", disse a operadora de máquinas, Maria dos Anjos da Silva. "Aqui é bastante movimentado e não tem proteção nenhuma para os passageiros. O fluxo de carros na rodovia é intenso e há apenas uma placa sinalizando a parada de ônibus", alertou a ajudante de cozinha, Etina Araújo Santos.
A situação de falta de abrigos é semelhante na Vila Amorim, já no centro expandido da cidade. Na Rua Amélia Guerra, por exemplo, há apenas um ponto coberto, próximo à Avenida Governador Mário Covas, a Marginal do Una. As outras paradas, ao longo de 700 metros, não possuem abrigo, apenas a placa indicativa. No Jardim Colorado, bairro vizinho, a ferrugem é o que danifica os pontos da Rua Jeca Tatu.