Cidades

Fusão entre Suzano e Fibria cria ‘gigante’ no mercado de celulose

Unidas, as duas companhias terão capacidade de produção de 12 milhões de toneladas de celulose, segundo as primeiras informações

16 MAR 2018 • POR De Suzano • 23h15
Fusão da Suzano Papel e Celulose com a Fibria garantiu liderança mundial - Sabrina Silva/Divulgação
A Suzano Papel e Celulose acertou com a Fibria Celulose S.A. um acordo para a combinação de seus negócios, uma fusão das duas empresas, criando a maior companhia de celulose do mundo. Unidas, as duas companhias terão capacidade de produção de 12 milhões de toneladas de celulose. Os últimos detalhes do negócio foram acertados na noite de quinta-feira (15). Pelo acordo, a Suzano terá 45% da nova empresa. A Votorantim, que detinha 29% da Fibria, ficará com cerca de 5% e o BNDESPar, braço de participações do BNDES, que também tinha uma fatia de 29%, com 11% da nova companhia. 
 
A operação será concluída após a aprovação pelas Assembleias de Acionistas da Suzano e da Fibria e da análise e aprovação pelos órgãos reguladores, entre outras condições precedentes usuais para este tipo de transação. 
 
"Estamos transformando em realidade o sonho de criar uma empresa que será um orgulho para o Brasil em um setor que o País já é um orgulho: o agronegócio", diz Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose. 
 
"A gente planta, colhe, produz e transforma a celulose, uma matéria-prima renovável que é a base de produtos que fazem parte da vida das pessoas em todo o mundo".
 
A Suzano e a Fibria, que já têm valores e princípios similares, construirão um futuro juntas. A companhia resultante dessa união terá 37 mil colaboradores (diretos e terceiros), com ativos estrategicamente posicionados no Brasil e no mundo. Com 11 unidades industriais e capacidade de produção anual de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e de 1,4 milhão de toneladas de papel, com volumes anuais de exportação de cerca de R$ 18 bilhões e investimentos anuais previstos para 2018 de aproximadamente R$ 6,4 bilhões. Seu custo caixa estará entre os mais baixos do mundo no setor, solidificando sua eficiência e ampliando sua competitividade no mercado internacional, disputado por mais de 50 players.
 
"Estamos anunciando uma transação equilibrada e que reafirma a nossa estratégia de negócios", explica Schalka. O compromisso firmado entre os controladores da Suzano e da Fibria estipula que uma ação da Fibria receberá R$ 52,50 por ação, corrigidos pelo CDI desde esta data até a liquidação financeira da operação, além de 0,4611 ação da Suzano, ajustadas conforme os documentos da operação.
 
Com o anúncio, a Suzano garantiu nesta sexta-feira (16) que reforça seu compromisso com os mais altos níveis de Governança Corporativa, com bases ainda mais sólidas de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. 
 
Recentemente, em novembro de 2017, a companhia ingressou no Novo Mercado da B3, convertendo suas ações preferenciais em ordinárias na proporção de um para um. Esse movimento representou um passo estratégico para novos ciclos de crescimento como o que está sendo anunciado hoje, reafirmando seu compromisso com o Brasil, com o mercado de capitais e todos os stakeholders (públicos de interesse).