Suzano registrou nesta segunda-feira (23), apenas em dois horários, umidade do ar abaixo do índice de 60%, que é considerado preocupante para a saúde da população conforme prevê a Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro foi às 12 horas, 53%, e o segundo as 14 horas, quando foram contabilizados 54%. 

 

A organização classifica os estados preocupantes em três escalas. Entre 21% e 30% é considerado estado de atenção. Entre 12 e 20%, estado de alerta. E, abaixo de 12%, estado de emergência. No município, o dia foi bastante úmido. A umidade variou, em diferentes períodos, entre 53% e 100%. Os picos mais preocupantes foram registrados um em seguida do outro. 

 

Porém, de acordo com o professor do departamento de Ciências Atmosféricas da USP, Ricardo de Camargo, 53% de umidade não chega a ser tão preocupantes. "Para Suzano, que tem uma boa umidade, esse valor não preocupa. Abaixo de 30% sim, é super preocupante. Olhos e mucosas podem ter problemas, animais podem ter estresses e milhares de outros problemas", explicou. 

 

Às 10 horas, o índice limite para começar a se preocupar com a saúde, de 60% de umidade, atingiu Suzano. O máximo de umidade, 100%, foi computado da meia noite até as 4 horas e das 22 a meia noite de hoje. No portal Climatempo, a população pode encontrar os índices hora a hora e ficar um pouco mais atenta aos horários mais críticos, ou seja, que devem ter mais cuidado. 

 

Ricardo ainda destacou que essa medida relativa é normal próximo ao inverno. "A medida expressa a quantidade de vapor d'água que tem diluído na atmosfera. Se o ar está quente, ele consegue comportar muito vapor de água. Muito mais quando está frio. Normalmente, o ar fica frio durante a noite porque o chão esfria, onde dá 100% de umidade. Só vai trocar, quando o chão esquenta, durante o dia", completou.