Editorial

Casos de bullying

24 ABR 2018 • POR • 23h59
Bullying corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima.
É um desafio para as autoridades de educação não somente na região, mas em todo o Estado e País.
Em outros termos, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta um grande número de vítimas no Brasil e no mundo. O termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal).
Ainda que esse tipo de agressão tenha sempre existido, o termo foi cunhado na década de 70 pelo psicólogo sueco Dan Olweus.
O Bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde existe o contato interpessoal, seja no clube, na igreja, na própria família ou na escola.
Aos poucos o combate efetivo ao bullying vem ganhando importância na mídia e em ONGs empenhadas em campanhas contra a prática. Isso porque essa ação tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no país e no mundo.
Na edição de ontem, o DS divulgou reportagem sobre o tema. Mostrou que a Secretaria Estadual de Educação verificou uma queda de 16,1% nos casos de bullying nas escolas do Alto Tietê. A região engloba as ocorrências notadas pelas Diretorias Regionais de Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano. Em 2017, as instituições de ensino constataram 26 casos, por meio do Registro de Ocorrências Escolares (ROE). Já no ano anterior (2016) foram 31 relatos desta violência entre os alunos.
De acordo com a pasta estadual, os números do ROE não devem ser utilizados como dados estatísticos, uma vez que é um mecanismo de verificação não obrigatório aos estudantes. Por sua vez, o índice visa apontar situações de vulnerabilidade dentro das escolas estaduais.
Especialistas afirmam que conflitos entre crianças e adolescentes são comuns, pois trata-se de uma fase de insegurança e autoafirmação. Porém, quando os desentendimentos são frequentes e partem para humilhações, é aí que o bullying prolifera.
Nas escolas, as agressões geralmente são praticadas longe das autoridades. Ocorrem normalmente na entrada ou saída do prédio, ou ainda quando os professores não estão por perto.
Podem também acontecer de forma silenciosa, na sala de aula, na presença do professor, com gestos, bilhetes, etc. As agressões físicas são mais difíceis de serem escondidas e muitas vezes levam a família a transferir a vítima para outra escola.
Contudo, o cenário paulista já foi pior. A secretaria informou que, desde 2014, 70% das ocorrências foram reduzidas por meio do programa de mediação de conflitos. A iniciativa conta com professores mediadores, que são profissionais capacitados para acompanhar as atividades restaurativas e de promoção à cultura de paz no ambiente escolar.
A expectativa é de que o projeto seja ampliado para as todas as instituições de ensino estadual. É importante que a proposta dê certo com resultados positivos.