Um terreno, utilizado como descarte irregular de lixo, foi descoberto na Rua Turquia, na altura do número 94, no Jardim São José. De acordo com relatos dos moradores um vizinho, que reside duas ruas acima do terreno, vem depositando lixo no local há cerca de um ano, alegando que o material jogado seria para reciclagem. Contudo, a situação se tornou insalubre, causando riscos aos residentes próximos ao terreno. 

 

A sujeira acumulada atrai com freqüência ratos, ratazanas, sapos, mosquitos e até mesmo cobras. O DS esteve no local na manhã de ontem para apurar as informações. Entulhos, restos de móveis, vidros, garrafas pet e embalagens dos mais diversos tipos de produtos são alguns dos itens encontrados no local. Além do problema do descarte irregular, outra denúncia foi feita pelos moradores. Cães são deixados amarrados, sem comida ou água, em meio aos despejos. Uma cachorra com filhotes também já foi vista no local. 

 

De acordo com a moradora Marlene Siqueira, de 53 anos, os cães foram levados ao local porque outros vizinhos ameaçaram tocar fogo no terreno e com os animais no ambiente, ninguém seria capaz de fazer isso. "Esse problema persiste por aqui já tem um ano, os cachorros foram colocados há uns 7 meses", relata Marlene. Sobre o descarte, Marlene conta que já protocolou uma reclamação na prefeitura. O morador José Messias da Silva explica que o terreno pertence à Prefeitura e que cada morador próximo ficou responsável por um 'pedaço'. Em decisão unânime, optaram por cultivar alimentos, em toda a extensão do terreno é possível encontrar bananeiras e pé de laranjas.

 

"Nós cercamos tudo e começamos a plantar, só que esse morador começou a descartar lixo aqui, prejudicando o solo e as residências próximas", afirma o aposentado. O suspeito de descartar ilegalmente o lixo reside duas ruas acima do terreno. A micro empresária Márcia Ismirele, de 51 anos, conta que o homem passa o dia todo recolhendo lixo e jogando na localidade. "Ele recolhe o lixo dos vizinhos e despeja tudo aqui. Se a gente reclama, no dia seguinte tem lixo jogado na nossa porta. Não dá mais para agüentar essa situação". 

 

Maus tratos 

A presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariana Anari Gil explica que pela situação em que o animal se encontra, a condição resulta em maus tratos. Além disso, pelo local onde o animal estava o risco de desenvolvimento de leishmaniose não é descartada. "Estamos discutindo um problema de leishmaniose no município e folhas secas e entulhos são umas questões que envolvem a proliferação do inseto", explica.