Editorial

Ciclovias

25 ABR 2018 • POR • 23h59
Reportagem do DS, publicada na edição de ontem, mostrou o número de acidentes com ciclistas mortos no Alto Tietê.
Dados do Levantamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, Infosiga, apontou a morte de 48 ciclistas no trânsito da região desde 2015 até março deste ano. Comparando os três primeiros meses - janeiro, fevereiro e março - de 2017 e 2018, foi registrado uma redução de 57% . No trimestre, os números passaram de sete para três mortes. 
Os números mostram, entre outras coisas, a necessidade da implantação de ciclovias nas cidades da região.
A importância das ciclovias é um tema cada vez mais discutido em grandes centros urbanos, pois a utilização de bicicletas é enxergada como uma das soluções para o transporte urbano, sem perder a praticidade no cotidiano.
Entre os benefícios, especialistas afirmam que as ciclovias encorajam o ciclismo como um meio de transporte, o que é essencial para desafogar o trânsito pesado das cidades e para diminuir o consumo de combustíveis para o transporte urbano.
A existência delas lembra aos motoristas que ciclistas também são usuários das ruas. Essa é parte essencial da importância das ciclovias: se uma das soluções para o transporte urbano é aumentar o uso das bicicletas como meio de transporte, é importante oferecer segurança para os ciclistas – e a construção de ciclovias é uma das principais soluções.
Ciclovias criam um trânsito mais fluido, diminuindo a incidência de acidentes em função da disputa entre carros, motos e bicicletas pela via.
Entre outras informações, a reportagem do DS mostrou que, comparando os 12 meses de 2016 com o ano passado, a quantidade de mortes cresce 130% (23 para dez). 
Em um quadro geral, de 2015 até março deste ano, somente em Suzano foram dez ciclistas mortos. Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba são as únicas que possuem mais ocorrências que Suzano desde 2015 até agora. No município mogiano, 13 ciclistas morreram, sendo 2017 o ano mais violento com sete óbitos. 
Atualmente, sem ciclovias, o percurso dos ciclistas é tomado por perigosos no trânsito em que são submetidos a dividir espaço com veículos e pedestres. Para os ciclistas, a opção pela bike se dá à medida que o tempo e dinheiro investidos no transporte público não correspondem a uma experiência vantajosa. 
A faixa especial para ciclistas permite que eles se transportem em sua própria velocidade, sem a pressão de acompanhar o tráfego. Esta é outra importância das ciclovias, sendo um fator de segurança essencial.