Cidades

Motoristas do transporte escolar protestam no Centro de Suzano

Categoria tenta barrar o cadastro de novos prestadores de serviços do ramo na cidade

21 MAI 2018 • POR De Suzano • 22h00
Grupo de motoristas realizou protesto ontem - Divulgação
Um grupo de motoristas do transporte escolar particular, atuante no município, se mobilizou no Centro de Suzano durante a manhã desta segunda-feira (21). A categoria reivindica o fechamento de novos cadastros do ramo na cidade, uma vez que a concorrência tende a baratear o serviço e resultar em eventuais prejuízos com os gastos dos motoristas e proprietários de vans. 
 
De acordo com o presidente da Associação do Transporte Escolar e Seguimentos em Suzano, Josmar de Oliveira, uma reunião para tratar do assunto com a administração municipal ocorreu há 71 dias. Contudo, nenhum parecer favorável à categoria foi apresentado até o momento.
 
Josemar acredita que a classe de motoristas escolares é desvalorizada em Suzano. "Nossa categoria precisa ser valorizada. Não deixamos nossos clientes 'na mão'. Fizemos um 'buzinásso', sem paralisação, para não atrapalhar a vida de ninguém na cidade", disse ao alegar o ato embasado na concorrência, segundo ele, desleal perante aos cadastros abertos a novos motoristas que desejam atuar no transporte escolar e a dificuldade de diálogo com o poder público.
 
O protesto partiu do Parque Maria Helena, às 9 horas, por meio do Viaduto Ryu Mizuno, até alcançar o centro pela Rua Benjamin Constant, de onde partiram para a prefeitura passando antes pela Rua Geral Francisco Glicério. De acordo com os organizadores, uma média de 60 carros escolares participou da ação. 
 
 
Prefeitura
A Prefeitura de Suzano informou que o cadastro para o transporte escolar na cidade obedece a critérios legais e regulamentares. Entre as exigências básicas, está a necessidade de habilitação com curso próprio para o transporte escolar, cadastro de monitores, veículo em condições de uso (aprovado mediante vistoria prévia), além de outras regras estabelecidas em leis federais, estaduais e normas municipais. "Por se tratar de um serviço privado, a lei não estabelece restrição quantitativa, ou seja, há livre concorrência entre os profissionais devidamente qualificados", esclareceu por nota.