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Região registra segundo dia consecutivo de manifestações em rodovias e estradas

Em Itaquá, a polícia negocia com os manifestantes a liberação da Estrada Governador Mário Covas Junior para veículos de passeio

23 MAI 2018 • POR Marcus Pontes - da Região • 14h24
Em Itaquá, os manifestantes interditaram a Estrada Mário Covas Junior - Divulgação

Atualizado às 15h11

Pelo segundo dia consecutivo, a região registra manifestações contra o aumento do diesel e gasolina, que atinge 22 estados brasileiros e o Distrito Federal. Pelo menos, cinco vias do Alto Tietê concentram grupos de caminhoneiros contrários à política de aumento da Petrobras. Em Itaquaquecetuba, a Estrada Mário Covas Junior foi interditada. 

Em Mogi das Cruzes, os manifestantes retornaram ao distrito industrial do Taboão, próximo à ligação com a Rodovia Pedro Eroles (SP-88), a Mogi-Dutra. Nessa terça-feira (22), a rodovia chegou a ser interditada, o que ocasionou a interdição total da pista sul. 

Na Rodovia Presidente Dutra (SP-60), em Santa Isabel, os manifestantes estão no quilômetro 186.  Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas a faixa da esquerda sentido Rio de Janeiro foi liberada para o tráfego de carros de passeio, ônibus e veículos de emergência. 

Em Itaquaquecetuba, a manifestação interditou durante a tarde desta quarta-feira (23) a Estrada Mário Covas Junior. No trecho que compreende a Itaquá, a Polícia Militar (PM) negocia a liberação do tráfego de veículos de passeio.

"Viemos conversar com eles. O ato transcorre na normalidade, de forma pacífica. A PM reitera que não agirá com força policial, pois, eles estão no direito constitucional de emitir suas reivindicações, sobretudo, estamos negociando a liberação para carros de passeio", garantiu o tenente-coronel Anderson Caldeira Lima, responsável pelo comando do 35º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana (BPM/M).

A Rua Prudente de Moraes (SP-66), próximo à Suzano Papel e Celulose, também foi um dos pontos que registrou lentidão devido às manifestações na região.

Protestos

A onda de protestos têm sido motivada por consecutivos aumentos do combustível nas refinarias, de acordo com a nova política estatal da Petrobras, que prevê reajustes quase que diários, conforme variações do preço do barril de petróleo no mercado internacional. A pressão popular, porém, surte efeito. Na terça-feira, a Petrobras anunciou a redução nos preços. Outra boa notícia foi dada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Pelo Twitter, Maia disse que o governo irá zerar a Cide sobre a gasolina e o diesel para ajudar a reduzir o preço dos combustíveis no País.