Editorial

A volta do sarampo

2 AGO 2018 • POR • 23h59
O sarampo voltou a preocupar o País. Dado como erradicada, a doença está de volta.
Reportagem publicada na Agência Brasil de ontem apontou que o Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revela que o País já registra 1.053 casos confirmados de sarampo, sendo 742 no Amazonas e 280 em Roraima. Há ainda casos considerados isolados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).
As cidades da região também se preparam para realizar campanha de vacinação com Dia D amanhã.
A matéria da Agência Brasil, mostrou que, de acordo com a pasta, pelo menos 4.470 casos permanecem em investigação no Amazonas e 106 em Roraima. 
O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário ao estado. 
As medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo tem expectativa de mobilizar 36 mil postos de saúde em todo o País. No total, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas.
A meta é imunizar pelo menos 95% do público-alvo, numa tentativa de reduzir a possibilidade de retorno da pólio e a chamada “reemergência” do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil. Em 2017, dados preliminares apontam que a cobertura no Brasil foi de 85,2% na primeira dose contra o sarampo (tríplice viral) e de 69,9% na segunda dose (tetra viral).
Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de vacinação, independentemente da situação vacinal.
A vacina contra o sarampo usada na campanha é a Tríplice Viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. Todas as crianças na faixa etária estabelecida vão receber uma dose da Tríplice Viral, independentemente de sua situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus. Por isso deve ser combatida. 
A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países sub-desenvolvidos. Seus sintomas incluem febre e manchas no corpo, e o tratamento é feito para atenuar estes sintomas.
Não há uma causa específica para o sarampo. O vírus ainda circula por não ter uma população completamente imune. Os surtos de sarampo ocorrem devido a fluxos de pessoas suscetíveis ao sarampo, ou seja, que não foram vacinadas, e também à diminuição da cobertura vacinal nos últimos anos.