Editorial

Suzano-Luz

10 SET 2018 • POR • 23h59
Promessa antiga do Governo do Estado, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltou a falar sobre a possibilidade de circulação do trem-expresso de Suzano até a Estação da Luz.
Se o projeto realmente sair do papel será muito importante para os passageiros de Suzano e do Alto Tietê.
Os problemas constantes de falhas nas linhas e, principalmente, da baldeação na Estação de Guaianases são apontados por passageiros que utilizam o meio de transporte da CPTM.
O projeto de ampliar o número de viagens do trem expresso até a Estação Luz, sem a necessidade de transferência em Guaianases, pode ser uma saída para um problema comum: da superlotação.
Atualmente, a companhia realiza cerca de 30 viagens diretas na linha 11-Coral. 
Por enquanto, o projeto de ampliação está em fase de estudo. A CPTM confirmou que pretende manter o projeto de trazer o serviço Expresso Leste até Suzano assim que as obras e as intervenções no plano de vias para a sua operação estiverem finalizadas. 
Dessa forma, a transferência de trens da linha 11-Coral será feita em Suzano para os passageiros que embarcarem nas Estações de Mogi das Cruzes (Estudantes, Mogi, Braz Cubas e Jundiapeba). 
Nessa época de eleições, o DS tem trazido matéria sobre o assunto e mostrado que os candidatos ao governo do Estado de São Paulo estão com promessas de retirar de vez a baldeação de Guaianases e não inclui-lá na Estação Suzano, caso sejam eleitos. Para os candidatos, a baldeação gera desconforto aos passageiros e atraso nas viagens a São Paulo. 
É importante que o serviço no sistema ferroviário seja intensificado com melhorias para os passageiros que todos os dias utilizam o meio de transporte. Para passageiros, entrevistados na semana passada pelo DS, e que utilizam o transporte férroviário todos os dias para se deslocarem a São Paulo, o trem direto até a Estação Luz traria benefícios a população. Porém, com o transporte direto, o número de veículos deveria aumentar para que as superlotações não ocorram. 
Especialistas afirmam que o Brasil, é verdade, está longe de países europeus quando o assunto é estradas férreas. O total de linhas de metrô aqui é de 309 quilômetros em todas as cidades. Só em Londres, por exemplo, são 402 quilômetros. No transporte de cargas, 25% dos produtos são escoados em vagões, enquanto que na Rússia esse percentual é de 88%.
Mas, nos últimos anos, o Brasil passou a se movimentar mais sobre trilhos. O transporte de cargas em 2016 registrou um recorde com 503 toneladas úteis, 29,3% superior ao volume de 2006 e quase o dobro do registrado em 1997. Fundamentais para a economia do País, a soja e o minério de ferro são os produtos que puxam para cima esses números.
O transporte de passageiros em São Paulo tem de receber mais investimentos para garantir mais linhas, mais estações e resolver o problema da superlotação.