Cidades

Sindicatos do Alto Tietê estão receosos com novos eleitos para Estado e País

12 NOV 2018 • POR Marcus Pontes - de Suzano • 12h00
Sindicatos estão em compasso de espera por conta dos novos eleitos - Arquivo/DS
As vitórias de Jair Bolsonaro (PSL) e João Doria (PSDB) foram festejadas por uma parcela da população. Em contrapartida, a outra revela o temor e o receio dos acontecimentos futuros. E essa incerteza é compactuada pelos sindicatos do Alto Tietê. A maioria cita que há o 'alerta' ligado, principalmente pelas afirmações dadas pelo presidente eleito pesselista. 
 
Incógnita. A palavra segue sendo unânime em entidades, que reivindicam por melhorias à categoria que representa. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano, Pedro Alves Benites, opinar sobre as vitórias se torna um desafio, pois, segundo ele, só o tempo vai dizer se o novo governador e presidente mudarão o cenário do Estado e País.
 
"Em São Paulo, a gente espera que o Doria (João) faça com que nenhuma empresa se mude para outro estado brasileiro, em busca de impostos menores. É preciso haver alternativas para melhor o setor (Metalúrgico). Bolsonaro (Jair) disse coisas que assustam. Espero que ele pense no trabalhador", disse.
 
Benites comentou ainda sobre a fala do vice-presidente eleito, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB). "Se analisarmos pela fala do vice (fim do 13º), o medo é grande. O comércio varejista depende disto, principalmente no final do ano que injeta um valor considerável na economia do País. Espero que não cumpram com o que falaram".
 
Já o diretor do Sindicato dos Vidreiros do Alto Tietê e Capital, Verivaldo Mota da Silva, o Galo, o momento é o de 'união nacional' dos sindicatos. Segundo ele, as falas de Jair Bolsonaro põem risco a liberdade democrática e a livre expressão popular.
 
"Fica a dúvida se cumprirão. Mas, na verdade, vai piorar e muito. Ao longo de anos, o Bolsonaro lutou contra o trabalhador. Agora, a nova reforma da Previdência é ainda pior do que a anterior, do Michel Temer. Além disso, as falas dele evidenciaram as ameaças aos líderes de movimentos".
 
Galo não esconde o receio de repressão quanto a futuros protestos, principalmente no Estado. "Doria segue nessa linha (de reprimir). Quando ocorrer qualquer ato, ele (João Doria) vai por a polícia à frente. Todos sindicatos temem bastante", disse.