Cidades

Alface crespa é o produto que mais abastece regiões em São Paulo

Suzano concentra uma área de 23% de todo o território suzanense para o cultivo de produtos, como hortaliças, maçarias, verduras, entre outros

18 NOV 2018 • POR da Reportagem Local • 10h34
Suzano concentra uma área de 23% de todo o território suzanense para o cultivo de produtos, como hortaliças, maçarias, verduras, entre outros - Arquivo/DS
A alface crespa é o produto da agricultura de Suzano que mais abastece as cidades e outras regiões do Estado de São Paulo. O município é um grande produtor desta hortaliça. Desde 2016, 80% da produção agrícola da cidade abastece as regiões do Grande ABC e Zona Leste, em média 40 % em cada região. A Baixada Santista também é beneficiada com os produtos agrícolas da cidade. Os 20% restantes abastecem o município, principalmente a zona norte, ou seja, a área do Boa Vista. Suzano concentra uma área de 23% de todo o território suzanense para o cultivo de produtos, como hortaliças, maçarias, verduras, entre outros. 
 
A porcentagem atual se mantém praticamente a mesma de dois anos atrás. "A alface crespa é o carro chefe de qualquer produtor de hortaliças. A cidade é uma grande produtora de legumes e folhosas e com isso, produzimos também bastante cebolinha, salsa e coentro, basicamente temperos. E estes abastecem tanto a nossa cidade, quantos as demais", informa o presidente do Sindicato Rural de Suzano, Ricardo Sato. 
Ao total, a região produz mais de 56 tipos de hortaliças. 
 
A produção de Suzano continua sendo predominantemente da alface crespa e demais folhosas, como couve, repolho, acelga e agrião. Além disso, destacou investimentos na agricultura orgânica e hidroponia visando aumentar a produção e a inserção de novas técnicas. 
 
Produtores 
 
Atualmente, a estimativa de produtores na cidade é em torno dos 480. Segundo Sato, o número é baixo, tendo em vista os 900 produtores já registrados na cidade. A crise econômica não é o principal fator no valor baixo. "Para a agricultura, existem coisas piores do que a crise econômica. Por exemplo, a não continuidade da família no setor afeta muito esse número. Existe um desinteresse dos jovens sobre o a profissão. A falta de sucessores afeta muito mais do que a crise econômica", explica. 
 
Questionado sobre como a cidade está em relação à produção, Sato se prontifica a citar a crise econômica. De acordo com ele, não está tendo consumo dos produtos na cidade. O retorno do lucro para os produtores não está sendo benéfico como deveria justamente por causa da baixa demanda das hortaliças.
 
"Neste começo de ano, o produtor acaba capitalizando o lucro do que ele vendeu e produziu no ano passado, é um lucro estimando. Porém, há 4 anos o produtor não tem recebido esse dividendo com uma boa comercialização deste período. Está tendo ganho, mas não está tendo demanda. A expectativa é que a partir de agora, depois do Carnaval, a demanda seja maior", explica. "Nosso mercado é muito grande, só não sabemos vender", acrescenta.