Transporte

Falsificação de crachás e cartões gera prejuízo de R$ 2,5 milhões na região

Essa projeção foi apresentada ontem pelo gestor do Consórcio Unileste, Nelson Belon

15 DEZ 2018 • POR Marcus Pontes - de mogi • 18h37
Fiscalização descobriu fraudes na região - Sabrina Silva/Divulgação
Um prejuízo de R$ 2,5 milhões anual. Com o valor, seis novos ônibus modernizados poderiam ser adquiridos para atender e melhorar a demanda no transporte público do Alto Tietê. Essa projeção foi apresentada pelo gestor do Consórcio Unileste, Nelson Belon, durante coletiva à imprensa, para revelar os detalhes da apreensão de 433 cartões de transporte (idoso, especial e estudante) e 437 crachás falsos ou irregulares na região. 
 
Belon revelou que a descoberta foi feita há cerca de três meses. Houve um crescente número de supostos funcionários de empresas de transportes, ou passageiros com benefícios de cartões especiais na região (especial, idoso ou estudante). Isso fez com que o Consórcio Unileste preparasse espécies de ‘batidas surpresas’, em especial nas cidades de Mogi das Cruzes; Suzano; Ferraz de Vasconcelos; Poá; e Itaquaquecetuba. 
 
“No caso dos crachás, os fiscais pediam para verificar. Muitas vezes, o indivíduo fugia correndo, depois da descoberta. Muitos eram falsos ou de terceiros (podendo ser de origem de roubos ou furtos), ex-funcionários, entre outros”, disse. 
 
Segundo o gestor do Consórcio Unileste, por enquanto, é impossível identificar se os crachás falsos foram criados por um único grupo criminoso, já que não há um padrão específico identificado. “Não sabemos onde foi feito, porque são diferentes, de empresas diferentes. Não há um padrão. Alguns, eles só usavam uma foto em cima para disfarçar”, disse.
 
Questionado se os itens apreendidos serão entregues à Polícia Civil, Belon foi enfático: “O Jurídico do Consórcio está analisando, mas deve ser registrado na próxima segunda ou terça-feira. Como alguns dos crachás têm foto, é possível que, após a abertura do inquérito, a polícia consiga identificá-los”. 
 
Em relação aos cartões recolhidos, o gestor da Unileste disse que todos foram encaminhados ao órgão de expedição, para eventual cancelamento ou medida administrativa. “Após recolhermos, os juntamos e enviados ao setor responsável, pois não cabe a nós. Só os crachás serão alvo de investigação”, finalizou.