Cidades

Suzanenses são a favor da flexibilização da posse de armas

De acordo com especialista, a expectativa é de aumento de aquisições

16 JAN 2019 • POR Aline Moreira - de Suzano • 12h00
Presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto, nessa terça-feira, que facilita a posse - EBC/Divulgação

A maioria dos moradores e comerciante de Suzano é a favor da flexibilização da posse de arma de fogo no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto, nessa terça-feira, que facilita a posse; algumas normas foram alteradas e a partir desse decreto fica permitida a aquisição de quatro armas por pessoa e um tempo maior de validade do registro, que antes era de cinco anos e agora passa para dez anos. 

 
A população se mostrou favorável à flexibilização, alegando que a posse de arma é um direito das pessoas de preservarem por suas vidas. Porém, muitos se mostraram contra ao porte, argumentando que apenas os agentes de segurança, devidamente treinados, devem circular com uma arma. 
 
"Eu sou a favor da posse, porque o lar deve ser protegido, já que a violência só tem aumentado", conta o aposentado Alberto Romano, de 71 anos.
 
O vendedor Rogério Alves, de 33 anos, é favorável a posse, mas não no sentido de segurança e sim no sentido do cidadão ser livre para consumir o que quiser. "Quem age na segurança é a polícia, ou seja, já temos. Claro que auxiliaria na sensação de segurança, mas acho que a posse de arma é mais válida no sentido de consumo, no sentido do cidadão ser livre para escolher ter ou não a arma", explica.
 
O comerciante Luciano Totake, de 47 anos, é a favor do decreto assinado pelo presidente, mas não concorda com o tempo de validade estabelecido. Para ele, dez anos sem renovação é muito tempo. "Eu sou a favor e gostaria de ter uma arma porque hoje não vivemos em segurança. Eu sou a favor também do porte, seria uma auto defesa", conta.
 
O taxista Cirilo Rodrigues, de 61 anos, é a favor do decreto e acredita que a possibilidade de ter uma arma de fogo em casa traz uma maior sensação de segurança. "Isso pode trazer uma incerteza para o bandido, que vai pensar duas vezes antes de assaltar". 
 
Rodrigues também explica que o mais importante da flexibilização da posse é a possibilidade de adquirir, ou não, a arma.
 
Já o comerciante Mário Nawate, de 57 anos, se posicionou contra a posse de armamento. Para ele, investir na educação do País impossibilita a necessidade de se ter uma arma em casa. "Arma mata e quem deve ter um revólver e andar com ele é a polícia. Sou contra essa facilidade, olha o exemplo dos Estados Unidos, só ocorrem desas com a liberação", afirma. 
 
Para o especialista em segurança pública e privada, Jorge Lordello, poucas mudanças foram feitas na lei, mas que por conta da divulgação do assunto na mídia, da promessa de campanha do presidente e do entusiasmo da população, o número de aquisições de arma de fogo tende a aumentar nos próximos dias.