Editorial

Corte de verbas

15 MAI 2019 • POR • 23h59
O DS publica na edição de hoje reportagem sobre protesto contra o corte de verbas para a Educação.
Em São Paulo, a situação se repetiu. Uma série de protestos contra os cortes do governo Jair Bolsonaro (PSL) na educação básica e no ensino superior ocorreram em várias regiões.
Em capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, os atos contra os bloqueios do Ministério da Educação (MEC) começaram pela manhã, embora a maior parte foi marcada para o período da tarde. Além das manifestações, algumas universidades e escolas cancelaram as aulas.
Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), ao menos 32 escolas privadas da capital aderiram à paralisação. Dentre elas, está o Colégio Equipe, de Santa Cecília, região central, que divulgou um comunicado. 
Não há dúvida de que o prová- vel corte de recursos deve causar grandes prejuízos, principalmente para a área de pesquisa.
Muitos professores afirmaram que aderiram à paralisação em defesa da educação, da pesquisa, do trabalho dos professores e professoras de todo o País, do nível básico às pós-graduações das redes pública e privada.
Além disso, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom) também cancelaram as aulas.
O governo federal tenta amenizar a situação. O certo é que o Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários e aposentadorias, não foram afetadas.
Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do País convocaram protestos para ontem, em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC). Eles terão apoio de universidades públicas estaduais de diversos Estados - incluindo São Paulo, onde os reitores de USP, Unicamp e Unesp convocaram docentes e alunos para "debater" os rumos da área. Um dos alvos do protesto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as universidades precisam deixar de ser tratadas como "torres de marfim" e não descartou novos contingenciamentos.
A Educação é um setor altamente importante e prioritária. O corte de recursos para vai causar, sem dúvida, sérios prejuízos.