Editorial

Ceagesp

14 JUN 2019 • POR • 23h59
A Ceagesp surgiu em maio de 1969, resultado da fusão de duas empresas mantidas pelo governo de São Paulo: o Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Cagesp).
Desde o início, a empresa centraliza o abastecimento de boa parte do País e rapidamente consolidou sua atuação nas áreas de comercialização de hortícolas e armazenagem de grãos.
Na semana passada, o Jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem mostrando que após sinalização positiva do governo federal para transferir a gestão do Ceagesp ao governo paulista, João Doria ainda não detalhou o novo projeto, mas já encontra ressalvas entre os interessados em assumir a gestão. Uma delas é o prazo de entrega.
Enquanto o governador diz que o entreposto começará a funcionar até o fim de 2020 em uma nova área com apoio da iniciativa privada, as empresas que já manifestaram interesse afirmam que o cronograma não para de pé.
O DS trouxe reportagem mostrando, por outro lado, que Suzano reforçou ao Governo do Estado que é uma alternativa para receber uma unidade da Ceagesp. Recentemente, o governo Federal deixou sob responsabilidade do Governo do Estado a resolução do caso. 
Existe a possibilidade de se construir mais de uma unidade da companhia, o que aumentaria ainda mais as chances de Suzano receber o investimento.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento Estadual, a meta é conseguir avaliar e definir o novo projeto e área ainda em 2019, e Suzano não foi descartada como possível local. 
Atualmente, o processo de mudança do entreposto está em negociação entre os governos e a Prefeitura de São Paulo. 
A Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação da Prefeitura de Suzano, em nota, afirmou que o município está aberto e pronto para todo e qualquer diálogo relacionado a esse assunto.
Segundo especialistas, na compreensão do conceito de agronegócio, pode-se perceber que a Ceagesp está no centro dessas atividades, servindo como um ponto de ligação, desde o inicio ao final do processo, pois ela garante o contato direto com o produtor a partir da compra das mercadorias, e chega ao final do processo, atingindo o consumidor final.
O agronegócio pode ser classificado com o maior negócio mundial em participação, bem como do Brasil. Dessa forma, pode ser classificado como o segmento mais importante do País.