Poá

Poaenses realizam ato por permanência da sede do Itaú

Manifestação contou com cerca de 5 mil pessoas que tomaram região onde fica o prédio da Unidade Empresarial

10 JUL 2019 • POR Daniel Marques - de Poá • 21h44
Poaenses realizam ato por permanência da sede do Itaú - Munique Kazihara/Divulgação
Cerca de 5 mil pessoas, entre elas moradores, membros de Organizações Não Governamentais (ONGs) e autoridades de Poá, realizaram ato em frente à Unidade Empresarial do Banco Itaú e da Câmara Municipal de Poá, na tarde desta quarta-feira (10), para pedir que a agência bancária permaneça na cidade. A saída do banco pode causar uma perda de cerca de R$ 140 milhões, que representa quase 40% da arrecadação anual da cidade.
 
O ato contou com balões, apitos, caixas de som, bandeirinhas e faixas, pedindo ao banco para que fique na cidade. Até um drone foi usado para gravar a manifestação. 
 
Por volta das 17 horas, o presidente da Associação Comercial Industrial de Poá (ACIP), Rodolfo Zaharansky Filho, organizador do evento, discursou em um carro de som. Ele agradeceu às entidades, população e aos poderes Executivo e Legislativo, que apoiaram a ação. "Queremos sensibilizar o banco por tudo o que fizeram na cidade. Não podemos ver isso acontecer e ficar calados", afirmou.
 
Segundo Zaharansky, na próxima semana, uma reunião será realizada com o banco. Para ele, essa deve ser a última tentativa de reverter a situação.
 
Após o discurso, as pessoas presentes cantaram o Hino Nacional Brasileiro. O cruzamento da Alameda Pedro Calil com a Avenida Nove de Julho, onde fica localizada a unidade do banco, ficou tomada pelos manifestantes, que realizaram um "L" na esquina e "abraçaram" o prédio. Após o hino, os balões com as cores laranja e azul, característicos do banco, foram soltos.
 
O prefeito de Poá, Gian Lopes, parabenizou a ACIP pelo evento e se mostrou otimista com a possível reversão da situação. "Acredito que sim (pode reverter). Toda a possibilidade que o banco continue na cidade", disse.
No entanto, o prefeito defende que haja um "caminho de transição", para que a perda do valor não seja brusca. Caso perca, Gian Lopes acredita não ser possível recuperar o valor. "Estamos tentando um caminho de transição, para que a cidade não perca essa verba da noite para o dia. É impossível recuperar (o valor, em caso de perda). Essa transição é importante para adequar o município, para encontrarmos novas empresas", completou.
 
Além de Gian Lopes, estiveram presentes no evento membros da ACIP, o vice-prefeito de Poá, Marcos Ribeiro da Costa, o Marquinhos Indaiá, além de outras autoridades municipais.