Editorial

Saneamento Básico

24 JUL 2019 • POR • 23h59
A importância do saneamento básico começa por sua influência na saúde, qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade como um todo.
O contato com esgoto e o consumo de água sem tratamento estão ligadas à altas taxas de mortalidade infantil. A principal causa são doenças como parasitoses, diarreias, febre tifoide e leptospirose.
As cidades mais desenvolvidas do Brasil e do mundo dão prioridade ao saneamento. 
Mas especialistas afirmam que infelizmente isso não é realidade para as localidades mais carentes. Normalmente essa mesma massa populacional também sofre com falta de moradia e renda adequadas.
Na edição de ontem, o DS trouxe reportagem mostrando que o levantamento do Instituto Trata Brasil, juntamente a GO Associados, aponta Suzano na 22ª colocação com maior cobertura em saneamento básico - água e esgoto. A cidade, segundo levantamento, tem 100% do indicador de atendimento urbano de água e 94,64% de esgoto. O município supera, por exemplo, as capitais Belo Horizonte (34º) e Brasília (42º).
O levantamento traz o novo ranking do ‘Saneamento Básico das 100 Maiores Cidades do Brasil’. Desta vez com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2017. Os dados são divulgados todo ano pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços de água e esgoto dessas cidades.
Mogi das Cruzes (26ª colocação) e Itaquaquecetuba (64ª) são as outras duas cidades do Alto Tietê no ranking nacional.
O novo ranking contempla as maiores cidades, onde habitam 40% da população.
A falta de saneamento básico pode gerar inúmeros problemas de saúde. Portanto, o conjunto de fatores que reúnem o saneamento levam a uma melhoria de vida na população na medida que controla e previne doenças, combatendo muitos vetores.
O saneamento básico promove hábitos higiênicos e controla a poluição ambiental, melhorando assim, a qualidade de vida da população.
Daí a importância de melhorar, cada vez mais, os índices de qualidade de água e tratamento de esgoto com objetivo de melhorar as condições de vida da população.
Pelo levantamento desta semana, mais de 50% dos investimentos estão concentrados em apenas 100 cidades. Ainda que nelas viva mais de 40% da população, é preocupante pensar que mais de 5.600 municípios, juntos, são responsáveis por menos de 50% do valor investido em saneamento básico.