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Indústria do Alto Tietê começa o 2º semestre com 100 demissões

Nível de emprego industrial no Alto Tietê foi melhor do que o registrado em junho, quando foram fechados 500 empregos

16 AGO 2019 • POR da Região • 20h02
Indústria do Alto Tietê começa o 2º semestre com 100 demissões - Arquivo/DS
O segundo semestre começou com demissões na indústria do Alto Tietê. Em julho deste ano, o nível de emprego industrial na região (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano) apresentou uma variação de -0,15%, o que significou uma queda de aproximadamente 100 postos de trabalho, conforme revela pesquisa divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
 
Com esse resultado, o Alto Tietê tem um acumulado de 0,40% no nível de emprego industrial, o que corresponde a um saldo positivo de aproximadamente 250 postos de trabalho. Quando a análise recai para os últimos 12 meses, porém, oacumulado é de -1,42%, o que significa o fechamento de 900 vagas.
 
"O avanço registrado em 2018 e início de 2019 é o que ainda permite um saldo positivo neste ano para o Alto Tietê. No entanto, é um patamar de instabilidade, que pode tanto evoluir para um crescimento como também para retração", constata José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê. 
 
O dirigente ressalta que a expectativa é de um desempenho "não tão ruim" nos próximos meses, principalmente pelo avanço na Reforma da Previdência e a redução dos juros, embora ainda sem reflexos expressivos para quem precisa de crédito. 
 
O resultado de julho deste ano sinaliza esse cenário previsto pelo Ciesp. Embora negativo (-0,15%), o nível de emprego industrial no Alto Tietê foi melhor do que o registrado em junho, quando foram fechados 500 postos de trabalho (-0,84%). O desempenho do Estado também foi melhor, ficando em -0,16% (no mês anterior, - 0,61%).
"De um total de 36 regiões industriais no Estado, o Alto Tietê está entre as 12 que acumulam saldo positivo no emprego em 2019. Isso é bastante relevante e nos coloca numa situação diferenciada quando a reação da economia engrenar", avalia o diretor do Ciesp Alto Tietê.
 
Em julho deste ano, o nível de emprego industrial na região foi influenciado pelas variações negativas de Produtos Têxteis (-2,56%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-2,25%); Produtos de Minerais Não-Metálicos (-0,90%) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (-1,50%), que foram os setores que mais impactaram o cálculo do indicador total do Alto Tietê.