Caderno D

Cineasta mineiro aponta desejo de gravar curta no Alto Tietê

Marco Antônio Pereira lançou três curta-metragens, tendo ganhado prêmios. Agora desejo é de gravar em Poá

5 SET 2019 • POR Fernando Barreto - de Suzano • 23h38
Cineasta mineiro aponta desejo de gravar curta no Alto Tietê - Sabrina Silva/DS
O cineasta e jornalista mineiro, Marco Antônio Pereira, anunciou planos para lançar um curta-metragem no Alto Tietê. O enredo deve se inspirar na mãe de um amigo, que mora em Poá. As informações foram apresentadas durante o programa ‘DS Entrevista’. 
 
Segundo o cineasta, a ideia é mostrar a história de uma senhora, de 72 anos, que sonha em se tornar uma ‘DJ’. O curta-metragem tem um esboço de nome: ‘Dona Conceição’. 
 
“A mãe desse meu amigo é uma pessoa muito legal, inteligente e tem essa expertise da vida. Então queremos fazer um curta. Seria um documentário, que mescla com ficção. A personagem (Conceição) teria 72 anos e o sonho de ser DJ”, explicou Pereira.
 
Trajetória
 
Além do anúncio do desejo em gravar na região, o cineasta contou sobre a trajetória profissional.
Pereira nasceu em Cordisburgo, interior de Minas Gerais, a 120 quilômetros da Capital. Aos 19 anos, foi estudar jornalismo em Belo Horizonte, e nesse período, conheceu o cinema. 
 
“Aos 19 anos ganhei uma bolsa para estudar jornalismo em Belo Horizonte. Foi quando eu tive contato com o cinema pela primeira vez. Ali decidi o que eu queria fazer da vida”, pontuou o cineasta.
 
Curta-metragem
 
Pereira também falou sobre que, durante 10 anos, trabalhou produzindo conteúdo para outras pessoas. Disse ainda que iniciou a produção dos curtas-metragens, quando o filho João nasceu, em 2017. 
 
Segundo ele, os planos são de produzir cinco curta-metragens. Até o momento, foram três. Um se chama 'A Retirada Para um Coração Bruto'; o segundo 'Alma Bandida'; e o mais recente 'Teoria Sobre um Planeta Estranho'. 
 
Durante o ‘DS Entrevista’, o cineasta contou um pouco sobre cada produção. O filme 'A Retirada Para um Coração Bruto' o fez ganhar três prêmios Kikitos. A premiação dada no Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul.
A primeira viagem fora do país foi para gravar ‘Alma Bandida’. “Foi um filme que estreou no festival de cinema de Berlim, chamado Berlinale. De lá fui na estréia do filme na Califórnia e no Chile”, disse.
 
A carreira ainda o presenteou com mais outros dois ‘Kikitos’, em Gramado, quando lançou 'Teoria Sobre um Planeta Estranho'. 
 
O cineasta ainda pontuou a dificuldade de cineastas em produzir no país. Também falou sobre as recentes declarações dadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a Ancine (Agência Nacional de Cinema). 
 
"Eu sou um pouco novo no cinema, mas o que vemos, desde a criação da Ancine, há 17 anos, são ataques sobre ela, principalmente do atual governo. Mas ela ajudou muito o cinema brasileiro. É visível a mudança. Hoje filmes brasileiros disputam torneios em diversos lugares do mundo", explicou Pereira.
 
Ancine
 
Bolsonaroameaçou que extinguir a Ancine. O assunto surgiu depois de o presidente da República questionar a produção de filmes como 'Bruna Surfistinha'. 
 
O cineasta, porém, afirmou que a agência fez muito pelo cinema brasileiro. Segundo ele, as viagens para congressos e eventos no exterior ocorreram, porque a Ancine o ajudou.