Alto Tietê

Greve dos Correios afeta 80% dos Centros de Distribuição da região

Estatal ingressou com pedido de julgamento ao TST após greve. Cerca de 6 mil correspondências atrasam no Alto Tietê

11 SET 2019 • POR Daniel Marques - de Suzano • 23h58
Greve dos Correios afeta 80% dos Centros de Distribuição da região - Sabrina Silva/DS
Cerca de 80% do efetivo dos Centros de Distribuição Domiciliária (CDDs) do Alto Tietê foram afetados pela greve dos Correios, iniciada às 22 horas da última terça-feira (10) - em várias partes do Brasil. As informações são da direção de base do Alto Tietê do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sindect).
 
De acordo com as informações do diretor da base na região, Milton de Jesus Miguel, 75% do efetivo do CDD de Suzano aderiu à greve nessa quarta-feira.
 
Em Itaquaquecetuba, 65% dos funcionários não foram trabalhar. Em Ferraz de Vasconcelos, o percentual foi de 60%. Já em Poá, 55% das pessoas participaram das paralisações.
 
A greve fez com que entre 5 e 6 mil correspondências atrasassem no Alto Tietê, sendo 2 mil só em Suzano.
 
Efeitos da greve
 
No final da tarde de ontem (11), a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) soltou uma nota afirmando que os Correios ingressaram com um pedido de julgamento ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 
O diretor de comunicação do Sindect, Douglas Melo, explicou que os Correios haviam abandonado a negociação que estava sendo mediada pelo TST. A proposta dos sindicatos era pela permanência do acordo coletivo atual, com reposição da inflação.
 
Em contrapartida, a estatal queria repor apenas 0,8% da inflação, além de retirar 45 cláusulas do acordo, o que geraria uma redução salarial de cerca de R$ 5 mil por ano para cada funcionário.
 
O TST, então, propôs prorrogação do prazo para a resolução, mas a empresa abandonou as negociações. Essa atitude motivou o estado de greve. "A empresa responsável abandonou o trâmite na semana passada. Eles não quiseram prorrogar o acordo até o final de setembro e, por isso, optamos pela greve", conta o diretor de comunicação.
 
Correios
 
Em nota, os Correios afirmaram que a paralisação não afetou os serviços de atendimento da estatal. Um levantamento da empresa apontou que 70% do efetivo na Região Metropolitana de São Paulo trabalhou normalmente.