Editorial

Contratação temporária

23 DEZ 2019 • POR • 23h59
O trabalho temporário, aquele com prazo para começar e acabar, vai aumentar nas cidades da região.
Em todo o País também haverá crescimento. A estimativa é da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e Caixa Econômica Federal. 
Esse movimento é influenciado pelas contratações de fim de ano da indústria e comércio.
O emprego temporário é uma chance de recolocação profissional mais rápida e uma porta de entrada para o emprego efetivo.
Essa modalidade de emprego é uma alternativa para as empresas em períodos de incertezas econômicas e políticas. 
Nesses momentos, fica difícil para as empresas investirem em despesas fixas, diante de receitas flutuantes, afirmam especialistas.
A nova legislação do trabalho temporário, em vigor desde 2017, permitiu ampliar o prazo do contrato de até 90 para até 180 dias, podendo ser prorrogado por mais até 90 dias.
Entre os estados com mais postos de trabalho temporário para o período, São Paulo lidera o ranking concentrando 67,27% das vagas estimadas para o fim do ano, 292.230 mil vagas. Na sequência, aparece o Paraná, com 7,41% dos postos de trabalho (32.172) e o Rio de Janeiro, com 25.597 novas vagas.
Na semana passada, o DS trouxe reportagem mostrando que os comércio da região deve contratar entre dois e 2,3 mil novos funcionários, temporariamente, durante as festas de fim de ano. A estimativa foi feita pelo Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região, o Sincomércio.
Segundo o presidente do sindicato, Valterli Martinez, a previsão é de que em Mogi das Cruzes e Suzano as contratações sejam de 800 à 900 pessoas. E os demais contratados são divididos entre as demais cidades da região.
Segundo ele, a estimativa é de que as contratações sejam positivas, e maiores que o ano passado. Segundo o nosso levantamento, em 2018 foram contratados 1,9 mil e dois mil funcionários.
Dos contratados temporariamente, 30% ou 40% deles devem ser efetivados após o término do contrato. E essa é uma informação importante para os temporários que esperam garantir seus empregos para o ano que vem.
Em alguns comércios os lojistas iniciam o acordo em novembro, para aproveitar a Black Friday.
Em termos nacionais a expectativa também é positiva. Reportagem da Agência Estado mostrou que saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a inflação comportada e a melhora no crédito devem fazer o comércio varejista brasileiro contratar neste fim de ano o maior número de funcionários temporários desde 2013, estimou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade prevê a abertura de 91 mil vagas temporárias para atender ao aumento sazonal das vendas, um avanço de 4% ante os 87,5 mil postos de trabalho temporários criados no mesmo período do ano passado.