Cidades

Comerciantes de Suzano tentam se adequar à lei dos canudos

Lojistas procuram maneiras de fornecer o produto para seus clientes

23 JAN 2020 • POR Carolina Rocha - de Suzano • 21h15
Comerciantes tentam se adequar à lei dos canudos em Suzano - Sabrina Silva/DS
A Prefeitura de Suzano começou a fiscalização dos canudos de plástico nos restaurantes e lanchonetes de Suzano. A medida é com base na Lei Estadual 17.110/2019 que proíbe o fornecimento de canudos fabricados neste material. 
Desde então, comerciantes se dividem quanto à lei. Alguns concordam e acham que a preocupação com o meio ambiente deve ser prioridade. Em outros casos os proprietários reclamam da dificuldade de encontrar o produto na região e do preço elevado do novo canudo.
 
Para Alexandre Espuri, proprietário de um restaurante a região central de Suzano, a troca dos canudos têm sido complicada. Ele diz que não consegue encontrar os canudos de papel na cidade. "Não se acha canudo de papel em qualquer lugar. Em Suzano não tem pra vender. Eu tenho que comprar em São Paulo para entregar aqui". 
 
Além disso, o comerciante fala do preço alto do material. "Você precisa ter o canudo de papel. O problema é o preço que é 10 vezes maior que o do canudo de plástico". Espuri espera que, conforme a demanda pelos novos canudos aumente, o preço abaixe.
 
Fábio Watanabe também espera que haja uma queda no preço. Ele é gerente de uma lanchonete na Rua General Francisco Glicério. Segundo ele, além dos clientes reclamarem, o preço do produto é alto. 
 
Há também quem decidiu retirar qualquer tipo de canudo do seu estabelecimento. É o caso da dona Vera Vasconcelos, administradora de um restaurante próximo à Praça João Pessoa. Ela, em conjunto com o proprietário do restaurante, decidiu se adequar com a lei retirando totalmente os canudos, de qualquer material, do local. "Os meus clientes já tomam o suco direto no copo e não pedem mais canudo. Eles já se acostumaram com isso". Vera disse que nem precisou procurar o canudo de papel, e que só vai atrás do produto quando os clientes cobrarem.
 
A Vigilância Sanitária está fiscalizando os estabelecimentos e aplicando multas, caso encontre o produto sendo utilizado. A primeira multa é de R$ 560 e se houver reincidência, a autuação pode chegar a R$ 5.600.00. 
 
O telefone para denúncias e maiores informações é o (11) 4745-2063. A Vigilância Sanitária está localizada no Centro Unificado de Serviços (Centrus), que fica na Avenida Paulo Portela, nº 210, Centro e funciona de segunda à sexta feira, das 8h às 17h.