Cidades

Centro de Apoio é inaugurado para vítimas de crimes graves

Serviço fica no subsolo do Paço Municipal. Expectativa é atender, pelo menos, 300 pessoas durante o ano

28 JAN 2020 • POR Daniel Marques - de Suzano • 22h00
Cravi foi inaugurado ontem com a presença do secretário de Justiça - Regiane Bento/Divulgação
Foi oficialmente inaugurado, na noite desta terça-feira, 28, o Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), que acolhe vítimas de crimes graves e fica localizado no subsolo do Paço Municipal, em Suzano. A expectativa é para atender, no mínimo, 300 pessoas durante o ano.
 
Quatro pessoas tocarão o projeto, que será gerenciado pela Associação de Assistência à Mulher, ao Adolescente e à Criança Esperança (Aamae), sendo dois psicólogos, um assistente social e um administrativo. O local possui duas salas de atendimento, banheiros, brinquedoteca e recepção.
 
O objetivo do projeto é oferecer acolhimento psicossocial e jurídico, além de proporcionar atendimento público e gratuito às vítimas e familiares de vítimas de crimes violentos, como homicídio, feminicídio, latrocínio, entre outros. Apesar de estar localizado em Suzano, pacientes de qualquer cidade da região podem procurar o serviço.
 
O projeto funciona desde dezembro, mas a solenidade de inauguração aconteceu só agora. A unidade foi inaugurada dentro da Prefeitura de Suzano pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, e contou com a presença do secretário da pasta, Paulo Dimas Mascaretti, do prefeito Rodrigo Ashiuchi (PL), da primeira-dama, Larissa Ashiuchi, da presidente da Aamae, Silvia Rangel, além de secretários, vereadores e personalidades suzanenses e da região.
 
O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, disse que a inauguração do Cravi mostra que a preocupação do município não é só estrutural, mas também humana. "Demos um passo importante, não para apagarmos (a tragédia), mas para estarmos solidários, darmos um abraço e ficarmos juntos com as famílias e o povo de Suzano", afirmou.
 
Cravi em Mogi
 
O secretário Paulo Dimas afirmou que Mogi das Cruzes também está na mira para receber uma unidade do Cravi. Questionado sobre tratativas, ele disse que orçamento e espaços “estão sendo estudados”. 
 
“Estamos pensando em Mogi e outras regiões carentes deste equipamento. Também queremos alguns postos em Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs). O importante é que a gente tenha equipes prontas para socorrer qualquer emergência”.
 
A presidente da Aamae, Silvia Rangel, classificou o projeto como um "grande desafio" e disse que a equipe que compõe o Cravi de Suzano é composta por profissionais “qualificados e humanizados”. “Teremos rodas de conversa, diálogos individuais. Aqui as pessoas serão acolhidas", contou.
 
Ela também explicou como serão feitos os atendimentos. "O Cravi tem um caminho inverso. A partir do atendimento pelo Ministério Público e pela Promotoria, as pessoas são acolhidas. É feita a parte jurídica e, depois, são encaminhadas para atendimento pelo psicólogo e pela assistente social".