Massacre na Raul Brasil completa um ano hoje e ainda deixa marcas
Dez pessoas morreram durante ataque realizado em 13 de março de 2019
Considerada a pior tragédia da história de Suzano, o ataque na escola estadual Professor Raul Brasil completa um ano nesta sexta-feira, 13. O massacre cometido por Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos na época, e Luiz Henrique de Castro, de 25, vitimou oito pessoas fatalmente e deixou outras 11 feridas na manhã de 13 de março de 2019. Após o ataque às vítimas, Guilherme teria atirado em Luiz e, em seguida, se suicidado, aumentando o número de mortos para 10.
Entre as oito pessoas assassinadas estavam cinco alunos (Caio Oliveira, 15, Kaio Lucas da Costa Limeira, 15, Douglas Murilo Celestino, 16, Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16, e Claiton Antônio Ribeiro, 17), a coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Vieiras Umezo, 59, a inspetora da escola Eliana Regina Oliveira Xavier, 38, além do tio do atirador Guilherme, Jorge Antônio de Morais, 51. Este último, morto em uma agência de veículos.
O ataque aconteceu por volta das 9h40. Os suicidas entraram na escola com um revólver calibre 38, uma besta, uma machadinha e coquetéis molotov.
Guilherme atirou contra várias pessoas, enquanto Luiz desferiu vários golpes de machadinha nas vítimas.
O DS foi o primeiro veículo de comunicação a chegar à escola.
O ataque foi realizado durante o horário de intervalo dos alunos.
O chamado foi feito instantes após o atentado. A reportagem chegou às 9h45 ao local. Estudantes e pais de alunos se aglomeravam em frente à porta da escola, em busca de informações sobre feridos e mortos.
Policiais, socorristas e moradores do entorno tentavam acalmar pessoas exaltadas e a cada esquina, a reportagem do DS via estudantes caindo no chão chorando, por conta da falta de notícias de colegas que ainda estavam dentro do prédio.
Muitas crianças buscaram ajuda em casas e comércios do entorno da escola. Muitas delas também correram para o Hospital Santa Maria, que fica próximo à escola.
Um dos estudantes chegou com a machadinha usada por Luiz Henrique grudada no tórax. Ele estava agitado e não conseguia explicar a situação. A partir daí, outras crianças começaram a chegar, e o hospital teve que montar um aparato para receber os jovens.