Bullying

Polícia Civil abre investigação para analisar agressão à estudante da Raul Brasil

Inquérito policial foi aberto pela Delegacia Central de Suzano

13 MAR 2020 • POR Marcus Pontes - de Suzano • 15h51
Obras da escola Raul Brasil devem ser concluídas em abril - Regiane Bento/Divulgação

Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil para analisar um caso em que um estudante, de 12 anos, portador de deficiência física e mental, da Escola Estadual Raul Brasil, foi agredido por um colega de classe. Ao DS, a mãe do garoto, que não será identificada por conta de regras do Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), falou que o filho é alvo constante de bullying. É bom importante lembrar que a tragédia na escola completou um ano nesta sexta-feira, 13. 

O fato teria ocorrido no dia 6, no prédio provisório, onde os alunos estão estudante e aguardam a finalização da reforma da Raul Brasil - a previsão é a de concluir a obra até abril. O registro sobre o caso foi feito na quinta-feira, 12. 

Segundo a mãe do garoto, o filho conversava com um colega, quando outro adolescente o empurrou. Nisso, o menino caiu e bateu a cabeça no chão. Ele ficou instantes desacordado.

"Estavam sozinho em sala de aula. Meu filho ficou desacordado. Reclamei na escola, mas, eles falaram que iriam chamar o outro garoto, para falar sobre o episódio, o que não ocorreu. Não deram um suporte para meu filho", contou ela, que acrescentou dizendo aguardar uma resposta conclusiva da direção da unidade escolar.

Após saber que o filho ficou desacordado, a dona de casa o levou até uma unidade de saúde. Lá, foi realizado um exame de tomografia, para verificar se a queda causou alguma sequela. "Além da paralisia, que dificulta dele se locomover com plena condição, ele tem um leve distúrbio. Ficamos preocupados por pode agravar o problema, o que não ocorreu".

Além disso, a mulher diz que o filho ficou com dores por dias. Disse, ainda, que o filho teve uma perda temporária de visão. "Ele chegou em casa muito zonzo. O Conselho Tutelar nos disse para que ele aprendesse a se defender. É inadmissível. Hoje (sexta-feira) ele não saiu de casa, em razão da dor de casa". 

A tragédia na Raul Brasil completou um ano nesta sexta-feira, 13. Por isto, a dona de casa fez um alerta: "A escola já foi vítima disso (bullying). Não podemos aceitar que isso continue. Quero que acabe", finalizou. 

Secretaria de Educação do Estado

Em nota, a pasta da Educação do Estado disse que "repudia toda e qualquer forma de agressão" e que "já recebeu o responsável pelo aluno".

"A escola conta com o apoio do professor mediador, que trabalha na resolução de conflitos e incentivo à cultura de paz. Questões de convivência escolar são trabalhadas através do Programa CONVIVA SP, programa para melhoria do clima e convivência no ambiente escolar para que seja colaborativo, solidário e acolhedor. O Conviva prevê, entre outras ações, formações e acompanhamento para garantir o pleno desenvolvimento e atendimento do estudante em relação às necessidades que ele apresenta", diz a nota da secretaria.