Polícia Civil abre investigação para analisar agressão à estudante da Raul Brasil
Inquérito policial foi aberto pela Delegacia Central de Suzano
Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil para analisar um caso em que um estudante, de 12 anos, portador de deficiência física e mental, da Escola Estadual Raul Brasil, foi agredido por um colega de classe. Ao DS, a mãe do garoto, que não será identificada por conta de regras do Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), falou que o filho é alvo constante de bullying. É bom importante lembrar que a tragédia na escola completou um ano nesta sexta-feira, 13.
O fato teria ocorrido no dia 6, no prédio provisório, onde os alunos estão estudante e aguardam a finalização da reforma da Raul Brasil - a previsão é a de concluir a obra até abril. O registro sobre o caso foi feito na quinta-feira, 12.
Segundo a mãe do garoto, o filho conversava com um colega, quando outro adolescente o empurrou. Nisso, o menino caiu e bateu a cabeça no chão. Ele ficou instantes desacordado.
"Estavam sozinho em sala de aula. Meu filho ficou desacordado. Reclamei na escola, mas, eles falaram que iriam chamar o outro garoto, para falar sobre o episódio, o que não ocorreu. Não deram um suporte para meu filho", contou ela, que acrescentou dizendo aguardar uma resposta conclusiva da direção da unidade escolar.
Após saber que o filho ficou desacordado, a dona de casa o levou até uma unidade de saúde. Lá, foi realizado um exame de tomografia, para verificar se a queda causou alguma sequela. "Além da paralisia, que dificulta dele se locomover com plena condição, ele tem um leve distúrbio. Ficamos preocupados por pode agravar o problema, o que não ocorreu".
Além disso, a mulher diz que o filho ficou com dores por dias. Disse, ainda, que o filho teve uma perda temporária de visão. "Ele chegou em casa muito zonzo. O Conselho Tutelar nos disse para que ele aprendesse a se defender. É inadmissível. Hoje (sexta-feira) ele não saiu de casa, em razão da dor de casa".
A tragédia na Raul Brasil completou um ano nesta sexta-feira, 13. Por isto, a dona de casa fez um alerta: "A escola já foi vítima disso (bullying). Não podemos aceitar que isso continue. Quero que acabe", finalizou.
Secretaria de Educação do Estado
Em nota, a pasta da Educação do Estado disse que "repudia toda e qualquer forma de agressão" e que "já recebeu o responsável pelo aluno".
"A escola conta com o apoio do professor mediador, que trabalha na resolução de conflitos e incentivo à cultura de paz. Questões de convivência escolar são trabalhadas através do Programa CONVIVA SP, programa para melhoria do clima e convivência no ambiente escolar para que seja colaborativo, solidário e acolhedor. O Conviva prevê, entre outras ações, formações e acompanhamento para garantir o pleno desenvolvimento e atendimento do estudante em relação às necessidades que ele apresenta", diz a nota da secretaria.