Editorial

Moradores em situação de rua

21 MAR 2020 • POR • 23h59
Atender e proteger os moradores em situação de rua são uma grande necessidade em meio aos casos do coronavírus.
Eles estão em todas as cidades do Estado e também no Alto Tietê.
Só para se ter uma ideia, na Capital Paulista, são 25 mil moradores em situação de rua.
Por conta disto São Paulo passou a adotar um protocolo de atuação em casos suspeitos do novo coronavírus. Do total, 13%, ou 3.164 moradores, tem mais de 60 anos - o grupo de risco para a doença. 
Aos profissionais que atuam nos Consultórios de Rua e no Programa Redenção na Rua - voltado aos usuários da Cracolândia, em São Paulo - foram repassadas orientações em caso de identificação de casos suspeitos.
O profissional de saúde deve, por exemplo, fazer uso de máscara cirúrgica e luvas em caso de contato direto com a pessoa em situação de rua utilizar álcool gel antes e após as abordagens; oferecer máscara cirúrgica para a pessoa em situação de rua; questionar sobre local onde tem estado e dormido e o endereço (avisar o local para adoção de medidas de vigilância e atentar para possíveis suspeitos e contatos no local), entre outros meios.
No caso de Suzano, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social realiza um trabalho de acompanhamento de pessoas em situação de rua, e dará orientações de como se precaver para o surto de coronavírus. 
Reportagem do DS mostrou que atualmente, o município de Suzano conta com 88 pessoas em situação de rua cadastradas na Assistência Social, em sua maioria localizada na região central da cidade. 
A pasta de Assistência Social trabalha em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde. 
Eles contam com o programa "Consultório de Rua", onde acompanhou no terceiro quadrimestre de 2019 35 pacientes em diferentes casos, realizando os devidos encaminhamentos para o Centro de Referência Especial da Assistência Social (CREAS), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Pronto Socorro Municipal e hospitais de referência, entre outros equipamentos públicos. 
É preciso ter compromisso com a população em situação de vulnerabilidade. 
É preciso ter programas sociais voltados para esse grupo. E a partir dos casos de coronavírus reforçar ainda mais as abordagens, oferecendo de forma insistente a oportunidade dos serviços de atenção e acolhimento que temos a disposição, garantindo o acesso ao direito da população que esta a margem do iminente risco.