Cidades

‘Busquem alternativas para continuar as vendas’, pede presidente do Sincomércio

Cerca de 80% dos comerciantes varejistas cumprem determinações da quarentena e baixa as portas

2 ABR 2020 • POR Nayara Francesco - da Região • 07h00
Ontem movimentação nos comércios era um pouco maior no Centro, Sincomércio defende alternativas para as lojas abrirem - Regiane Bento/Divulgação
Com parte da população em casa cumprindo o isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19), o comércio varejista está sentindo os impactos da quarentena diretamente nos caixas, de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), Valterli Martinez. 
 
Mesmo de portas fechadas, o Sincomércio orienta aos comerciantes varejistas que continuem as atividades por meio de outras alternativas, com o objetivo de diminuir o prejuízo lucrativo. “Tentem usar todas as ferramentas necessárias para que possam trabalhar como, as redes sociais, os aplicativos de mensagens e, até mesmo, colocar mensagens na porta do estabelecimento indicando para os clientes como eles podem encontrar o produto”, sugeriu. 
 
Para os comerciantes que trabalham com alimentos, Valterli contou que a recomendação é que o empresário trabalhe com o estoque menor. “Além de não sabermos o que irá acontecer, as pessoas estão com medo de sair de casa, o que pode acarretar baixas vendas”, estimou. 
 
Cerca de 80% do comércio varejista está cumprindo as determinações da quarentena, como informou o presidente do Sincomércio. “Todos os comércios que estão impedidos de abrir estão seguindo a determinação. Nós orientamos que os comerciantes não abram, que sigam o decreto, pois correm o risco de perderem licença e levar multas. O risco é muito grande”, alertou. 
 
O Sindicato está realizando, até às 12 horas de hoje (31), uma pesquisa com os comerciantes varejistas da região do Alto Tietê para saber se o setor deseja continuar em quarentena ou retomar as atividades após o dia 7 de abril. “Antes do decreto do fechamento do comércio, algumas lojas viram as quedas nas vendas e optaram por fechar, por ser mais econômico. Após essa pesquisa teremos uma ideia melhor de qual é o desejo do comerciante”, afirmou. 
 
Durante a última coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes (30), na capital de São Paulo, o governador João Doria reforçou para que as pessoas continuem em casa e ressaltou que o Estado continua alinhado com os profissionais do Ministério da Saúde no combate ao coronavírus. 
 
Feiras Livres
 
O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) solicita as prefeituras que retomem as atividades das feiras livres, fechadas durante o período de quarentena em algumas cidades do Alto Tietê. 
 
De acordo com o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, as feiras livres podem ajudar a diminuir a aglomeração de pessoas dentro dos supermercados. “O perigo da contaminação nas feiras livres é menor, por ser em espaço aberto, e ajuda a diminuiu o fluxo de pessoas nos mercados”, argumentou.