Editorial

O vírus ainda está por aí

1 JUN 2020 • POR • 23h59
Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) havia uma preocupação grande, principalmente pelo governo federal, em manter a economia ativa. 
Isso não seria possível com o início da quarentena ou instalação de lockdown. As pessoas estariam reclusas em suas casas e apenas serviços essenciais funcionariam. 
Na semana passada o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou estudo para a flexibilização da quarentena no Estado.
O DS esteve na coletiva em que Doria anunciou a medida. O estudo prevê 5 fases de flexibilização parcial, sendo a fase número 1 o atual cenário, e a fase número 5 o cenário de economia normalizada.
Entretanto, o estudo classificou a região metropolitana como um único lugar, o que gerou reivindicações por parte do Condemat, do Consórcio do Grande ABC e outros, que exigiam uma divisão por regiões dentro da Grande São Paulo.
O pedido foi atendido, e a flexibilização da economia no Alto Tietê pode vir nesta semana, isso dependendo da situação da região: número de leitos, isolamento, índices de mortes e infectados e outros.
Inicia-se agora um movimento dos consórcios para a entrega do estudo sobre esses dados. 
O intuito é agilizar a volta do comércio e das empresas.
Mas é necessário lembrar que, mesmo com a flexibilização, o vírus ainda está por aí. 
A economia é importante, mas vidas ainda correm perigo.
Por isso, as formas de prevenção já conhecidas, como uso frequente de álcool em gel, máscaras, distanciamento social e regulação de pessoas dentro de lojas e comércios devem ser mantidas.
As associações comerciais, o Sebrae, associações de shoppings e de varejo também estão providenciando suas cartilhas para apresentar aos pequenos e grandes empresários.
É necessário que essas cartilhas contenham as medidas de segurança e, além de exigir, as administrações municipais precisam fiscalizar se tais pedidos estão sendo cumpridos. 
Mesmo em quarentena, comércios essenciais registravam aglomeração de pessoas, e isso é um perigo, que deve ser controlado mesmo com a flexibilização.
O intuito é manter os hospitais públicos com capacidade física de cuidar de todos os pacientes com Covid-19 que surgirem, pois, como dito, o vírus ainda está por aí.
O que pode preocupar, segundo informou o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), é de que o pior da pandemia ainda não chegou no Brasil.
Ontem Michael Ryan afirmou, conforme reportagem da Folha de S. Paulo, que “claramente a situação em alguns países sul-americanos está longe da estabilidade. Houve um crescimento rápido dos casos e os sistemas de saúde estão sob pressão”.
É importante a retomada da economia, desde que com responsabilidade por parte dos comerciantes e empresário e, principalmente, que seja feita uma fiscalização sobre esses cuidados com a população.