Cidades

Postos aprovam troca da gasolina; prazo para adaptação é de 90 dias

Gerentes de postos de Suzano gostaram da ideia; não é possível saber se gasolina já está nas bombas

4 AGO 2020 • POR Daniel Marques - de Suzano • 23h40
Novo composto surge com a promessa de ter maior qualidade e economia - Jackeline Lima/Divulgação
Gerentes de postos de combustíveis de Suzano gostam da ideia de trocar a gasolina. Eles, no entanto, ainda não sabem se o novo combustível, que passou a ser obrigatório desde a última segunda-feira (3), já está nas bombas.
 
Isso porque o prazo de 60 dias dado às distribuidoras e o de 90 aos revendedores, para adequarem o combustível, permite utilizar a gasolina que já havia sido fabricada.
 
O novo composto surge com a promessa de ter maior qualidade e economia. Porém, a tendência, segundo os gerentes, é que ela seja mais cara justamente por ser consumida em menor quantidade pelos veículos.
 
Houve três alterações na gasolina com as novas especificações da Resolução nº 807/2020 da Agência Nacional do Petróleo: aumento de energia e redução de consumo com o estabelecimento de valor mínimo de massa específica (715,0 kg/m3); alteração no valor mínimo de octanagem, que afeta o desempenho do veículo; e alteração no valor mínimo de destilação, que mexe na dirigibilidade, desempenho e aquecimento do motor.
 
João Oliveira Rios, gerente do Auto Posto Gran Suzano, que fica na Avenida Antônio Marques Figueira, acredita que o valor da gasolina vai aumentar. Ele destacou que apenas a ANP pode saber se o novo combustível já está sendo comercializado e classificou o novo composto como de “padrão europeu”. 
 
“A maioria destes carros novos pede octanagem maior da gasolina. Para os postos e para os clientes, vai ser uma boa. É um combustível de qualidade melhor. Os carros vão evoluir na explosão e saída”, acredita.
 
Jessé Soares, gerente Auto Posto Vila Figueira diz que a nova gasolina ainda não chegou ao posto. Ele gostou da ideia e também destacou a octanagem do novo combustível. 
 
“Temos tempo ainda para fornecer no comércio. É uma coisa nova, vai aumentar a octanagem de uma gasolina para a outra. Como ainda estamos no prazo, a coisa vai começar a amadurecer. Acho legal como consumidor e como gerente, vai ser uma gasolina melhor”, disse.
 
Comunicação
 
Apesar da importante mudança, alguns gerentes de postos ainda não sabem como será esse novo combustível.
Patrícia Gomes, gerente do Auto Posto Suzan Petro, é uma destas pessoas. Ela disse que as informações têm chegado às grandes redes, ao passo que as que possuem poucas unidades não receberam muitos detalhes sobre a nova gasolina.
“Acabam passando primeiro (a informação) para os postos de grandes redes. Aqueles que têm um ou dois postos receberam detalhes com mais lentidão”, destacou.