Cidades

Suzano descarta consulta aos pais e aulas só voltam com autorização da Saúde

Retorno está sendo discutido com profissionais da rede municipal de educação e será estendido aos conselhos escolares

6 AGO 2020 • POR Carolina Rocha - de Suzano • 05h00
Volta às aulas ainda está sendo discutida em âmbito municipal em Suzano - Arquivo/DS
Suzano não deve realizar consulta pública via internet sobre volta às aulas, “por se tratar de uma questão técnica de Saúde”. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a pasta vem dialogando com profissionais da rede municipal, comissões municipais de educação e com as autoridades de saúde sobre questões relacionadas ao retorno das aulas. 
 
Esse processo serve para coletar informações específicas de cada comunidade e no entorno de cada unidade escolar. (O secretário Leandro Bassini concedeu entrevista na tarde de ontem ao DS, que será publicada na edição desta sexta-feira - dia 7 de agosto).
 
A secretaria informou que vem realizando o planejamento e ações para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no retorno das aulas municipais. “Mas esta volta às aulas presenciais só ocorrerá atrelada às condições objetivas da propagação do vírus e segurança sanitária. A indicação de setembro foi realizada pelo Governo Estadual e é uma expectativa se as condições forem favoráveis. Deste modo não se pode prever a data exata do retorno das aulas presenciais em Suzano. Nos mês de agosto se dará continuidade às atividades não presenciais em diferentes linguagens e plataformas”.
 
Tendo como base o plano apresentado pela Secretaria Estadual da Educação, a secretaria já realiza estudos de viabilização interna para os equipamentos municipais, incluindo quais serão as faixas etárias que estarão incluídas nas respectivas etapas.
 
A Educação de Suzano informou que vem trabalhando com outras secretarias municipais para assegurar a saúde de alunos e funcionários, com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) para traçar estratégias para que o retorno seja seguro e eficaz, definindo o protocolo de ação com instituições e entidades pedagógicas e civis, respaldadas nas recomendações da OMS e da Secretaria Municipal de Saúde, entre outras ações.
 
“Todo o trabalho está sendo elaborado e supervisionado em conjunto com o Conselho Municipal de Educação, o sindicato da categoria e com os profissionais da rede municipal”. 
 
A Secretaria de Educação está na fase de diálogo com os servidores da rede municipal de Educação, para concluir a elaboração do protocolo para o retorno às aulas, com as especificidades de cada unidade. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Comitê de Ações Contra o Coronavírus, produziu um texto específico de recomendações para a Educação Municipal. Estas informações são usadas como balizadoras para o debate com os profissionais da rede.
 
“A pasta espera ainda a orientação do Conselho Nacional de Educação sobre a possibilidade de se concluir o ano letivo de 2020 excepcionalmente com o aluno em casa, mesmo depois do retorno às aulas, caso seja a vontade da família. Ainda não há data definida para a voltas às aulas presenciais na rede municipal, já que a questão está em debate com pais (por meio dos Conselhos das Escolas), funcionários, professores, comissões municipais de educação e principalmente autoridades da Saúde. Somente depois destas informações será possível definir o retorno presencial, com responsabilidade. O calendário seguirá a avaliação municipal, independente do Estado. A prioridade é a segurança”.
 
Condemat
 
A Câmara Técnica de Educação do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) indicou a realização da consulta como meio de respaldar e definir ações das secretarias de Educação da região.
 
No Alto Tietê, os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Santa Isabel já realizaram ou estão no processo de realização da consulta pública. Em Mogi, 89% dos participantes são contra o retorno das aulas.