Editorial

Para amenizar o desemprego

6 AGO 2020 • POR • 23h59
O DS trouxe, na edição de ontem, reportagem mostrando a preocupação das cidades da região com a implementação de ações para reduzir os impactos da pandemia da Covid-19 com a perda do emprego.
O número de postos de trabalho fechados preocupa, uma vez que segue em queda, sobretudo, a partir de março deste ano, quando começaram a ser contabilizados os dados de contaminação da doença.
A reportagem mostrou que as medidas vão desenvolver a indústria, atrair investimentos, facilitar linhas de crédito e estimular o consumo local. 
Essas alternativas são adotadas pelas cinco cidades mais populosas do Alto Tietê na retomada econômica após a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Algumas ações já estão sendo feitas para minimizar os impactos da pandemia e cada cidade tem estudado alternativas próprias para "esquentar" a geração de empregos, já que muitas pessoas perderam postos neste período tenso que o País e o mundo vivem.
As medidas têm de ser eficazes e colocadas em prática, principalmente, após os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que apontam que a região perdeu 212 vagas de emprego formais em junho deste ano. Só no primeiro semestre, o déficit é de quase 12 mil vagas.
Com o melhor cenário do mês passado, já que criou 384 novas vagas, Suzano tem fomentado diversos setores da economia. A cidade está apoiando empreendedores, estimulando o consumo local, realizando treinamentos, cursos e palestras, além de outras ações que visam melhorar o cenário.
Porém, o foco principal tem sido manter as empresas e empregos pelo máximo de tempo possível, além de trazer novos investimentos. 
A Prefeitura de Suzano informou que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego tem trabalhado fortemente em manter esse ritmo de crescimento, mas é realista em entender que a cidade vai sofrer com as consequências da pandemia.
Outras cidades também seguem buscando alternativas. A grande preocupação em Mogi, por exemplo, além do comércio - que é o mais prejudicado com a pandemia - é, sem dúvidas, a indústria. A cidade tem buscado realizar uma espécie de "casamento" que visa beneficiar, além da indústria, o setor de serviços.
Para isso, a conta é simples: atrair mais indústrias de fora para dentro da cidade, o que demandaria mais serviços. Há diversos polos na cidade focados em atrair muitas empresas de logística, tecnologia, além de indústrias. Mogi perdeu 8% em vagas neste setor. 
As medidas para manter e criar novos empregos é, sem dúvida, um dos grandes desafios neste momento, com perdas de vidas para a doença.
A expectativa é de uma pequena recuperação em 2021. Enquanto isso não acontece as medidas eficazes devem ser tomadas para garantir um reforço na economia das cidades da região.