Editorial

Estados na volta às aulas

9 SET 2020 • POR • 05h00

A discussão em torno do retorno às aulas se espalhou pelo País e abriu decisões diferentes por parte dos governos estaduais.
Segundo reportagem da Agência Brasil, com a redução da incidência e mortalidade pela Covid-19 em parte dos estados brasileiros, a discussão sobre o retorno das aulas presenciais aumentou. Nas cidades do Alto Tietê, o retorno ainda não foi definido. As escolas seguem paralisadas e as aulas têm sido remotas.
Em termos de estados, o Amazonas saiu na frente e iniciou as atividades presenciais nas escolas ainda em agosto. Mas em diversos estados a retomada ainda gera polêmica.
Além do Amazonas, o governo do Pará autorizou o início das aulas em 1º de setembro. Em Minas Gerais, cursos de pós-graduação puderam reiniciar aulas presenciais no sábado (5). No Rio Grande do Sul e em Pernambuco, as unidades educacionais podem funcionar desde ontem. As aulas continuam suspensas, sem prazo para retorno em estados como Roraima, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraná e Santa Catarina. No Maranhão, o governo promoveu uma consulta sobre o tema, mas ainda não divulgou os resultados. No Piauí, o governo iniciou um debate com a comunidade sobre a volta do 3º ano do ensino médio.
Em São Paulo, desde ontem as escolas da rede estadual estão autorizadas pelo Governo a retomar as atividades presenciais para recuperação e acolhimento, de forma gradual, respeitando os protocolos de segurança.
No total, 128 municípios decidiram pela retomada ontem. Entretanto, ela não é obrigatória e deve ocorrer mediante a escuta da comunidade. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões.
Neste primeiro dia, os alunos participaram de rodas de conversa, atividades esportivas e contribuíram com o planejamento das atividades de acolhimento que vão abranger os demais estudantes da unidade.
Para retomarem as atividades presenciais, as unidades escolares precisam estar localizadas em áreas classificadas por pelo menos 28 dias consecutivos na fase amarela do Plano São Paulo.
As escolas estaduais que retornarem poderão receber, no máximo, 20% dos alunos por dia, independente da etapa do ensino. Já as redes municipais e privadas devem seguir o decreto do governo do estado que prevê o limite de 35% para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, e 20% para anos finais do ensino fundamental e ensino médio.
A oferta de atividades deve ser planejada com a comunidade. Dentre as possibilidades estão: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais. Prevê-se, ainda, a possibilidade da utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais para os alunos que não conseguem o fazer de suas casas.