Editorial

Fase amarela

29 NOV 2020 • POR • 05h00

O DS trouxe reportagem, nesta semana, mostrando que o Alto Tietê pode recuar para a fase amarela do Plano São Paulo de Flexibilização.
Em meio a um novo aumento dos casos confirmados e, principalmente, de internações por Covid-19, o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) se mobiliza no pedido de prorrogação do decreto nacional de calamidade pública para 2021. 
Há uma grande preocupação com a possibilidade de uma segunda onda dos casos da Covid-19.
Os prefeitos das cidades da região afirmam que estão empenhados nas ações para conter o avanço da contaminação pelo vírus e aguardam, com expectativa, a atualização do Plano SP na próxima segunda-feira. 
Para a direção do Conselho de Prefeitos, o eventual retrocesso para a fase amarela neste momento, às vésperas de uma das principais datas para a economia, vai gerar grande impacto negativo nos municípios.
Há uma curva ascendente de casos confirmados, o que já levou o Governo do Estado a adotar algumas medidas, como a suspensão das cirurgias eletivas. 
Segundo o Condemat, mas sem o suporte dos hospitais de campanha e com o aumento das internações, voltamos a uma situação preocupante na capacidade de leitos para atender a demanda.
Na visão do Condemat, um retorno para a fase amarela implicará na redução do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços, assim como na diminuição em 20% da capacidade de atendimento e restrições em algumas atividades de cultura e lazer. Desde 10 de outubro, quando o Alto Tietê passou para a fase verde e o Estado voltou a reunificar as sub-regiões da Grande São Paulo, o funcionamento das atividades comerciais foi liberado para 12 horas, com a capacidade de atendimento ampliada para 60%.
É preciso manter o combate aos casos de coronavírus que estão surgindo. 
As ações devem ser reforçadas.
A expectativa do Alto Tietê é de continuar na fase verde, mas também precisamos estar preparados para um novo aperto na flexibilização.
Nos últimos 14 dias, o Alto Tietê registrou cerca de 50% de alta nos casos confirmados e de óbitos por coronavírus na comparação com os 14 dias anteriores. As internações subiram mais de 100% nos últimos 7 dias e a taxa de ocupação nos leitos de UTI é superior a 52%, segundo dados do último dia 23 divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde.