Editorial

Na fase amarela

1 DEZ 2020 • POR • 05h00
O Alto Tietê retornou para a fase amarela na flexibilização do Plano São Paulo.
A situação dos casos no Alto Tietê preocupa.
O DS traz, na edição de hoje, a situação do Alto Tietê. 
Ontem, o governador João Doria (PSDB) anunciou que todo o Estado de São Paulo vai regredir para a fase amarela do plano de combate ao novo coronavírus até o final deste ano. A análise de dados passará a ser feita a cada sete dias, e não mais 28 – entretanto, a próxima reclassificação ordinária está marcada para 4 de janeiro de 2021. Dessa forma, comércios, bares, restaurantes, academias e eventos culturais terão mais restrições, principalmente no que se refere à capacidade para público e horário de funcionamento. 
O exemplo da Europa, que entrou novamente em lockdown, mas manteve a educação aberta, também foi determinante. 
O Estado apresentou ontem dados de França, Portugal, Alemanha e outros países que tomaram essa decisão. 
O motivo para realizar a reclassificação apenas nesta segunda-feira, após as eleições municipais, seria porque os dados anteriores indicariam que a população do Estado na fase 4 (verde) cresceria de 76 para 89%. Com os dados atualizados, o Centro de Contigência da Covid-19 decidiu colocar todo o território na fase 3 (amarela). 
A causa para a discrepância entre a diminuição de casos e o aumento de mortes e internações seria a diminuição da testagem em alguns municípios, que caíram de cem testes a cada 100 mil habitantes para 68.
Ao todo, 62 municípios do Estado apresentam crescimento nos indicadores da pandemia. 
Seis cidades da região estão incluídas na lista de estado de alerta para a Covid-19.
Os prefeitos dessas cidades participarão de uma reunião virtual com o governo na próxima terça-feira, 1º, para discutir o aumento nas internações e ocupação de leitos. A fase 3 (amarela) do Plano São Paulo é de maior flexibilização e impõe redução no atendimento. As principais diferenças em relação à fase 4 (verde) estabelecem que a maioria dos setores reduzam o atendimento de 60% para 40% da capacidade total, funcionem por apenas 10 horas no máximo, e permanência em pé está proibida. 
Para academias, o funcionamento fica restrito a 30% da capacidade total do espaço, por 6 horas diárias e apenas para aulas individuais com agendamento prévio. Shoppings, galerias e outros estabelecimentos comerciais também têm a permissão de atendimento reduzida de 60% para 40% da capacidade, e horário de abertura de 12 horas para 10 horas. 
É preciso que as orientações e campanhas de conscientização sejam reforçadas para reduzir o avanço dos casos nas cidades da região.