Cidades

Quatro mil profissionais da saúde terão prioridade na vacinação contra a Covid-19

Eles estão na linha de frente no combate ao novo vírus na região

3 DEZ 2020 • POR Daniel Marques - de Suzano • 05h00
Profissionais da saúde terão prioridade na vacinação contra a Covid - Divulgação/Secop Suzano
Cerca de quatro mil profissionais da saúde terão prioridade na vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) nas cidades do Alto Tietê. Eles estão na linha de frente no combate ao novo vírus e, por isso, integram um grupo de pessoas que precisam ser vacinadas prioritariamente. 
 
O número foi passado pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de Mogi e Região (Sindsaúde). A lista inclui todos os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.
 
Além de profissionais da saúde, idosos a partir de 75 anos e população indígena devem ter prioridade no início. Pessoas acima de 60 anos também terão prioridade, caso vivam em asilos ou instituições psiquiátricas.
 
Kátia Aparecida dos Santos, diretora do Sindsaúde, diz que é importante que os profissionais sejam vacinados por terem muito contato com o vírus. No entanto, ela gostaria que a população em geral também fosse vacinada logo de cara.
 
“As vacinas estão chegando aqui tardiamente. Meu pensamento é de que todos deveriam tomar, sendo profissionais de saúde ou não. É uma doença que acomete todo mundo. Deveria ter um mutirão, para que a vacina fosse administrada a todos”, disse.
 
Vacinação na região
 
Ao que tudo indica, os prefeitos do Alto Tietê vão usar vacinas, independentemente do local de onde elas vierem. Pelo menos, é isso o que sinalizou o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). 
 
Em reportagem publicada no último dia 25, a Câmara Técnica de Saúde do consórcio disse que a corrida pela vacina não pode ser uma disputa política. Entende ainda que, desde que sejam obedecidas todas as etapas para a elaboração de uma vacina, “não importa a origem”.
 
A biofarmacêutica chinesa Sinovac Life Science é uma das líderes na corrida por uma vacina. Ela tem uma parceria com o Instituto Butantan. A previsão é de que, até o fim do ano, governo do Estado de São Paulo receba 46 milhões da CoronaVac, que está em fase final de estudo clínico.
 
Já o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem (2) que o Brasil tem 300 milhões de vacinas garantidas. Elas fazem parte de duas parcerias, uma entre a Universidade de Oxford, a farmacêutica AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e outra da Covax Facility, aliança global para acesso às vacinas da Organização Mundial da Saúde.
 
A região tem 1.642 mortos e 37.570 pessoas que testaram positivo para a doença. O Alto Tietê voltou ontem para a fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização.