Salário mínimo com novo valor a R$ 1,1 mil é aquém do ideal, avaliam sindicalistas da região
Assinada no dia 31 de dezembro de 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a medida provisória (MP) estabelece a atualização a partir de 1º de janeiro de 2021
5 JAN 2021 • POR Matheus Cruz - de Suzano • 12h04
Para o Sindicato dos Servidores Públicos de Suzano, o valor segue desproporcional à realidade do Brasil - Arquivo/DS
Os sindicatos de Suzano e região avaliam que o novo valor do salário mínimo a R$ 1,1 mil segue muito abaixo do necessário para as famílias que dependem diretamente do pagamento. Assinada no dia 31 de dezembro de 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a medida provisória (MP) estabelece a atualização a partir de 1º de janeiro de 2021. O novo valor corresponde a R$ 55 de aumento em relação ao pagamento anterior, de R$ 1.045.
De acordo com Pedro Alves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano, o novo valor é “irrisório” e não ajuda a população mais pobre, que depende do salário mínimo para pagarem suas contas, se alimentarem e manter uma boa qualidade de vida.
“Não dá para comemorar. O aumento é de R$ 55 reais. Na prática, o que muda para o pai de família que depende desta renda ou tem ele como base de cálculo? Uma família de três pessoas já não consegue sobreviver com o básico, imagine famílias maiores”, comenta.
Apesar de não atender as expectativas dos sindicatos, o novo valor é superior aos R$ 1.088 previstos pelo governo federal na metade de dezembro. Além do pagamento, o valor do salário mínimo também serve de base de cálculo para os aposentados e pensionistas que recebem o piso do INSS. Os beneficiários também terão direito a receber R$ 1.100 a partir deste mês.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Suzano, Cláudio Aparecido dos Santos, o Ted, o valor segue desproporcional à realidade do Brasil. Ele avalia que os gastos indevidos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concretiza a pouca preocupação com os trabalhadores e aposentados.
“A população passa a vida trabalhando para no fim, terem direito à apenas R$ 1.100 de aposentadoria. Ele não pensou nos mais velhos e nem nos trabalhadores que precisam escolher entre pagar aluguel, se alimentar ou pagar luz e agua. Ao mesmo tempo o presidente segue gastando milhões de cartão corporativo”, disse.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), Valterli Martinez, ressaltou que as negociações de salário base da categoria são feitas separadamente, e que a próxima negociação – prevista para iniciar até o final de janeiro -, será realizada com cuidado. A intenção é não trazer prejuízos para empregados e nem empregadores.
“Ainda estamos definindo como serão as negociações, até o momento não foi nada assinado. Não queremos trazer nenhum prejuízo para o contratante, vamos fazer de uma maneira que as empresas consigam fazer esse pagamento de uma forma que não dificulte novas contratações”, explicou.