Editorial

Afogamentos

9 FEV 2021 • POR • 05h00
Os acidentes por afogamento podem ser evitados com precauções como o uso de colete salva-vidas e a supervisão de crianças perto da água. Elas podem se afogar em menos de um minuto.
Uma pessoa se afogando e lutando para respirar geralmente é incapaz de pedir ajuda. A pele pode ficar azulada devido à falta de oxigênio no sangue.
As informações são do Corpo de Bombeiros que vem acompanhando a evolução dos casos deste tipo de ocorrência.
O Corpo de Bombeiros de Suzano registrou dez mortes por afogamento no ano passado.
Conforme reportagem do DS, o número superou, em uma morte (nove no total), a quantidade de pessoas que foram a óbito da mesma forma em 2019 na cidade. Ou seja, 11% a mais.
As mortes não ocorreram por acaso. 
Isso porque cerca de 90% das vítimas, conforme estimativa do Corpo de Bombeiros, morreram em dois locais vigiados, constantemente usados para banho por moradores: a Lagoa Azul e a Represa Taiaçupeba.
Nos locais, os perigos são totalmente ignorados pelos banhistas. Não é difícil encontrar pessoas mergulhando nestes pontos do município, principalmente em dias de forte calor. Segundo os bombeiros, o verão é a época do ano em que as mortes mais acontecem.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Suzano, normalmente, as pessoas que vão para estes locais usam bebidas alcoólicas e entorpecentes antes de mergulhar, e essa ação ajuda muito para que afogamentos aconteçam.
A maior recomendação é para que as pessoas não entrem na água, nem mesmo para ficar nas partes mais rasas.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, mesmo no raso, a pessoa não tem noção da profundidade, que muda muito rápido. Às vezes, um único passo é suficiente para que a pessoa saia de um local onde a água bate na cintura, para outro onde ela não dá mais pé”, destacou o tenente.
Os bombeiros aconselham, ainda, que as pessoas sempre procurem locais com salva-vidas por perto. É importante mergulhar em pontos seguros para banho e não fazer refeições pesadas.
Deve-se evitar entrar em águas com aviso de perigo e redobrar os cuidados ao mergulhar em águas desconhecidas. É importante conhecer a profundidade do local, principalmente onde houver pedras, como rios e cachoeiras.
Em 2010, só no Estado de São Paulo foram registradas 931 mortes por afogamento.
O afogamento ocorre, em geral, por asfixia em virtude da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas e é responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à hipoxemia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue) e acidose metabólica.
A asfixia pode ser provocada inicialmente por laringoespasmo, quando a pessoa, diante de uma situação de afogamento, prende a respiração e debate-se de maneira descoordenada até que, não conseguindo permanecer sem respirar, involuntariamente aspira grande quantidade de água e encharca os pulmões.