Editorial

Crescimento populacional

12 FEV 2021 • POR • 05h00
Em razão do constante aumento populacional ocorrido no Brasil, principalmente a partir da década de 1960, intensificando-se nas últimas décadas, o País ocupa hoje a quinta posição dos países mais populosos do planeta, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira atingiu a marca de mais de 200 milhões de habitantes.
Nesta semana, um estudo da Fundação Seade abordou a transição demográfica e demanda por moradias com projeção até 2050 de domicílios no Estado de São Paulo.
De acordo com a análise, o processo de transição demográfica da população brasileira, e mais especificamente da paulista, tem provocado rápida redução das taxas de crescimento populacional, determinando importante mudança em sua estrutura etária: diminuição das faixas etárias mais jovens no total da população paulista e expansão acelerada das faixas com idades mais avançadas. Esse processo, que combina queda acentuada da fecundidade, aumento contínuo da esperança de vida, transformações nos padrões de nupcialidade e família, dos arranjos domiciliares e de coabitação, reflete-se diretamente na demanda por novas moradias.
O dimensionamento do número de domicílios ocupados no futuro representa, sem dúvida, relevante instrumento para a previsão de demandas em diversas áreas de planejamento, tais como habitação e saneamento.
As projeções realizadas para o Estado de São Paulo mostram que o volume de domicílios particulares ocupados atingirá patamar de 19.074.880 unidades, em 2050, o que representa um adicional de 6.247.727 domicílios em 40 anos, ou seja, uma média anual de 156.193 novos domicílios ocupados. Comparando-se com período de igual tamanho anterior a 2010, que contemplou taxas mais elevadas de crescimento populacional, verifica-se que, entre 1970 e 2010, o número de domicílios ocupados aumentou em 8.972.826 unidades, com uma média anual de 224.320 novos domicílios ocupados.
O DS trouxe reportagem, na edição de ontem, mostrando que em trinta anos, a população do Alto Tietê vai subir 17,5%. 
A tendência é de que a população salte de 1.626.506 em 2020 para 1.912.022 até o ano de 2050. Um crescimento de 285.516 pessoas.
A estimativa do painel é de que, com o passar dos anos, a população idosa (acima de 60 anos) cresça consideravelmente em todas as cidades. 
A população jovem e adulta (entre 15 e 59 anos) terá aumento discreto em sete cidades, com queda – também discreta – em Poá, Santa Isabel e Suzano. 
O número de crianças e pré-adolescentes (abaixo de 14 anos) cairá em todas as cidades.
O maior percentual de aumento populacional ocorrerá em Arujá, com 26,2%. Segundo a projeção, a cidade passará de 89,7 mil moradores para 113,3 mil. Depois, vem Itaquaquecetuba, com crescimento de 22,5%. Os 370,5 mil atuais passarão, até 2050, para 454,3 mil.
É importante a divulgação dos números populacionais porque são eles que vão incrementar estratégias de políticas públicas por cada um dos municípios.