Editorial

Registro definitivo

24 FEV 2021 • POR • 05h00

O País recebeu ontem uma boa notícia no combate à Covid-19 por meio de novos imunizantes.
De acordo com reportagem da Agência Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo à vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech (leia mais no caderno de Nacional). A concessão do registro foi anunciada pelo diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, que destacou que a análise para a liberação do imunizante levou 17 dias.
O número de doses de vacinas contra a Covid-19 no Brasil ainda é pequeno. Nos países em que a vacinação acelerou, a tendência é de queda de casos de contaminação e mortes.
Há uma grande expectativa pela chegada de mais doses de vacinas no Brasil, assim como da fabricação própria.
O País sempre teve tradição nas campanhas de vacinação, o que é importante para acelerar, a partir de novas doses, a campanha nos municípios.
O imunizante do Laboratório Pfizer/BioNtech teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro.
A notícia de ontem mostra que a vacina desenvolvida pela Pfizer é a primeira a obter o registro definitivo no Brasil. 
O imunizante se chama Cominarty. A empresa entrou no dia 6 de fevereiro com o pedido de registro definitivo da vacina contra a Covid-19. O imunizante, entretanto, ainda não está disponível no País.
Em dezembro, a Pfizer já havia anunciado que não faria pedido para uso emergencial da sua vacina no Brasil, e que seguiria o processo de submissão diretamente para um registro definitivo. À época, a empresa disse considerar o procedimento “mais célere”, além de mais amplo.
Segundo a Pfizer, 2,9 mil voluntários participaram dos testes clínicos de sua vacina no Brasil. No mundo todo, foram 44 mil participantes em 150 centros de seis países, incluindo África do Sul, Alemanha, Argentina, Estados Unidos e Turquia. 
Os resultados da terceira e última fase de testes do imunizante, divulgados em novembro, apontaram eficácia de 95% contra o novo coronavírus (Covid-19).
Agora é aguardar para que as doses cheguem o mais rápido possível aos municípios que aguardam reforço da campanha.
A situação dos hospitais, em relação à taxa de ocupação de leitos, é preocupante.
De acordo com a Anvisa, entre as autoridades referendadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a agência reguladora brasileira é a primeira a conceder o registro de uma vacina contra a Covid-19.