Alto Tietê teme perder eficácia de vacina se 2ªdose não for aplicada no prazo
Consórcio não sabe se vai receber mais doses da vacina neste final de semana; enquanto isso, prazo vai acabando
26 FEV 2021 • POR Daniel Marques - de Suzano • 05h00
Expectativa do Alto Tietê é de conseguir mais doses para evitar perda de eficácia - Regiane Bento/DS
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) teme perder a eficácia da primeira dose da vacina que já foi aplicada na população.
Isso porque não há garantia de que haverá doses suficientes para realizar a 2ª etapa da campanha em quem já foi vacinado pela primeira vez.
Previsão
A previsão do Condemat, com base no que disse o Grupo de Vigilância Epidemiológica, é de que novas doses cheguem neste final de semana ao Alto Tietê. Só que nenhum deles tem certeza de que isso realmente vai acontecer.
A não confirmação deixa as autoridades do consórcio bastante preocupadas.
Nas cidades da região, a vacinação começou em 20 de janeiro com trabalhadores da área da saúde e com idosos.
O prazo da aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac, que é do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech, é de até 28 dias (ou quatro semanas) após a aplicação da primeira dose.
Sem garantias
As prefeituras do Alto Tietê aplicaram a primeira dose da vacina, mas ainda não têm certeza se conseguirão aplicar a segunda dose sem que a primeira perca o efeito nas pessoas.
Só que no início de janeiro, o Condemat assinou uma "carta de intenção" para ter a "possibilidade" de adquirir 300 mil vacinas do Butantan.
Na ocasião, ocorreu também a posse de Rodrigo Ashiuchi (PL), prefeito de Suzano, como presidente do consórcio.
Não havia garantia de que essas 300 mil vacinas chegariam em um curto período de tempo.
Tratava-se apenas de uma "carta de intenção". Porém, havia uma ideia bem clara do Condemat: a de vacinar 150 mil pessoas no Alto Tietê com as 300 mil doses (primeira e segunda dose em cada uma das 150 mil pessoas).
Justificativa
A justificativa era de manter as doses como uma "retaguarda", porque já não havia confiança no Estado por parte dos prefeitos da região.
Mesmo com a promessa de chegada de mais vacinas, o entendimento era de que deveria haver uma reserva.