Tribunal de Contas

Nova lista do TCE aponta 34 obras atrasadas em contratos de R$ 160,3 mi

Dados são referentes tanto às construções de autoria municipal quanto estadual e federal, segundo levantamento

28 FEV 2021 • POR Lucas Lima - de Suzano • 13h00
Levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) aponta que o Alto Tietê conta com 34 obras atrasadas e paralisadas e a soma dos contratos é de mais de R$ 160,3 milhões. Os dados são referentes tanto as construções de autoria municipal quanto estadual e federal. As informações foram colhidas até 14 de janeiro, mostrando a situação de construções até o fim de 2020. 
 
Três cidades da região empatam na liderança com o maior número de obras atrasadas e paralisadas. Com oito casos, são elas Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis. Em Biritiba, das oitos obras, duas estão atrasadas e seis estão paralisadas. A soma do valor dos contratos é de R$ 95.774.528,49. Já em Ferraz há oito obras paralisadas, com o valor total de R$ 19.368.116,37. Em Salesópolis são sete obras atrasadas e uma paralisada. Os valores dos contratos totalizam R$ 3.706.934,05.
 
Na sequência aparece Itaquaquecetuba, com cinco obras paralisadas. Ao todo, o valor de todas elas são de R$ 6.260.850,35.
Por outro lado, Suzano tem três obras paralisadas, que a soma do valor dos contratos é de R$ 33.932.332,13.
Arujá fecha a lista com duas obras atrasadas e o valor de R$ 1.322.344,90. Guararema, Mogi das Cruzes, Poá e Santa Isabel não entraram na lista do TCE.
 
Estado
 
O TCE levantou a existência de 520 obras públicas atrasadas e 621 paralisadas — totalizando 1.141 — no estado São Paulo, somando o valor de R$ 46,5 bilhões em construções nestes estados. De acordo com o tribunal, 85% (966) das construções não concluídas são de autoria dos municípios, enquanto 15% (175) são do governo estadual. Convênios com o governo federal são a principal fonte de recurso em 36,5% (416) das obras. De acordo com o tribunal, os principais motivos para a paralisação e atraso de construções em São Paulo são questões como inadimplência da empresa contratada para tocar as obras (17%), fatos supervenientes à licitação (9%) e atrasos em repasses do governo federal (8,5%).