Editorial

A luta contra aglomerações

31 MAR 2021 • POR • 05h00
Os riscos de contágio pelo coronavírus aumentam nas aglomerações. Os médicos infectologistas vêm falando isso desde o começo da pandemia, mas o entendimento de como acontece a transmissão do vírus avançou nos últimos dias. 
Festa com uma das maiores concentrações de público por metro quadrado, o carnaval é, também, uma época propícia ao contato físico intenso e à transmissão de doenças infecciosas entre pessoas. 
O contágio de diferentes tipos de agentes infecciosos é comum nas aglomerações. 
Especialistas afirmam que grandes multidões criam um ambiente favorável à transmissão de infecções. 
Na edição de hoje, o DS traz reportagem mostrando que Suzano passou a adotar mais uma ferramenta para inibir o descumprimento das medidas restritivas impostas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Trata-se do “Disk Aglomeração”, que poderá ser acionado via aplicativo de mensagens WhatsApp pelo número (11) 99317-3821. Os munícipes poderão denunciar aglomerações, enviando foto e endereço a qualquer momento, com sigilo absoluto. As informações serão encaminhadas às equipes de atuação, formada por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), do Departamento de Fiscalização de Posturas, do Procon e da Vigilância Sanitária.
Há a necessidade humana de estar próximo das pessoas, mas o momento ainda pede bastante civilidade para os movimentos que aglomeram em um só local. Mesmo quando ocorrer a retomada de trabalhos e estabelecimentos, ainda será preciso julgar se realmente juntar-se em determinados espaços será necessário. É preciso fazer escolhas e uma delas é verificar em qual situação deseja colocar a sua saúde e a do próximo em risco.
Em Suzano, assim que acionado, o “Disk Aglomeração” deverá acolher a demanda do denunciante e repassar os dados de localização da ocorrência aos respectivos órgãos responsáveis pela operação de abordagem, que ocorre com o apoio da Polícia Militar (PM). O objetivo é reforçar o combate a aglomerações, como bailes, fluxos, festas e outros encontros clandestinos. A ferramenta deve reforçar o trabalho de fiscalização já desempenhado na cidade, com o monitoramento permanente e operações estratégicas na cidade.
As festas de fim de ano, que tradicionalmente envolvem longas horas de comemoração, reuniões de familiares e grupos grandes de pessoas, além de viagens, têm colocado líderes globais e autoridades de saúde em alerta para picos futuros de Covid-19 — potencialmente ainda maiores e mais mortíferos dos que estão em curso atualmente.
É importante ter consciência e evitar aglomerações neste momento tão difícil da pandemia.