A Prefeitura de Mogi das Cruzes vai elaborar um recurso para tentar impedir a instalação de uma praça de pedágio na Rodovia Pedro Eroles (SP-88), a Mogi-Dutra. A administração segue estudando o caso após duas liminares barrarem o projeto do pedágio.

 

Com isso, a briga deve seguir quente na Justiça. Enquanto o governo do Estado tem tentado tocar o projeto, a Prefeitura de Mogi e autoridades regionais tentam impedir. Decisões judiciais, até o momento, foram favoráveis à não instalação do pedágio.

 

Em nota, a prefeitura de Mogi reiterou que está se esforçando para evitar a instalação da praça de pedágio, disse que ela vai prejudicar a cidade e enfatizou que o projeto está sendo feito contra a vontade da população.

 

“A administração municipal já declarou posição contrária à realização de obras relacionadas ao projeto do pedágio e entende que este conjunto de ações articuladas pela Artesp tem como objetivo criar um corredor de acesso em direção ao Litoral passando pela cidade. Isso acarretaria uma série de prejuízos para a população, tanto de ordem econômica quanto urbanística. Além disso, em nenhum momento a Artesp levou em consideração o interesse dos cidadãos, o que reforça o argumento de que a cidade não vem sendo ouvida no decorrer deste processo”, declarou a Prefeitura de Mogi.

 

Várias manifestações já foram feitas desde o dia 14 de maio, quando a Agência de Transportes do Estado (Artesp) confirmou a implantação de praças de pedágio no quilômetro 40,7 e 41,6 da Mogi-Dutra e no quilômetro 95 da Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98), a Rodovia Mogi-Bertioga (essa já no trecho litorâneo da via).

 

Três dias após a confirmação feita pela Artesp, prefeitos e deputados foram até a Mogi-Dutra para fazer manifestação contra o projeto. Na semana seguinte, manifestantes do “Movimento Pedágio Não” também fizeram uma carreata na via.

 

Autoridades da região também assinaram um ofício, em 25 de maio, solicitando audiência com o governador João Doria (PSDB) para discutir sobre o pedágio.